With :: Moony. - Tumblr Posts

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Por vezes, invejava a maneira como os amigos não precisavam se preocupar com os caminhos que queriam tomar. Formar uma família? Criar crianças? Quais carreiras escolher? Para eles, eram singelas questões de vontade: para Remus, nem tanto. Mas não era como os ressentisse por isso, em fato, ficava aliviado e contente por eles. “Não sei… acho que suas colaborações poderiam fazer a diferença.” Comentou com sinceridade; em sua opinião, Sirius era um bruxo deveras talentoso com potenciais extraordinários, somente precisava reajustar suas posturas. “Aurores não ficam o tempo todo trancados. Você daria um bom auror… mas precisaria dar um jeito nesse cabelo.” Sorriu. “Não acho que seria muito intimidador ser parado por Paul Stanley sem maquiagem.” 

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a resposta do outro trouxe um sorriso aos lábios de sirius quase imediatamente. no entanto, ainda assim tinha pegado-o de surpresa. por vezes, ouvir coisas legais ainda soava incomum para alguém que crescera acostumado com palavras duras e dúvidas constantes sobre sua capacidade. contudo, o sorriso morreu no exato momento em que o outro mencionou seu cabelo. ━━ e é exatamente por isso que deixei o prongs vir sozinho no dia que inventou de virar auror. esse cabelo é um monumento, um marco na história moderna! pessoas vão chorar se uma tesoura passar além das pontas. ━━ rebateu imediatamente, de maneira bastante teatral. uma das pessoas que cairia no choro seria o próprio sirius, mas ele não iria admitir. 

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Revirou os olhos, divertido, com a dramaticidade do melhor amigo. “Sim, chorar de felicidade. Não compreendo como nenhuma de suas pulgas não se espalharam para essa bagunça.” Indicou as madeixas de outrem com um aceno de queixo. Obviamente, estava apenas a brincar; sabia que o cabelo era uma das marcas de Sirius Black e, ainda que longe de seu gosto pessoal, não conseguia imaginá-lo de outra maneira. “De qualquer maneira, há outros departamentos com menos restrições.” Institivamente as írises caíram para a própria destra coberta em bandagens — fruto de um pequeno acidente com um filhote de Meteoro-Chinês na manhã anterior. “Há algumas pessoas de cabelos tão longos quanto os seus no bureau… não sei como… semana passada alguém perdeu as sobrancelhas.” Se havia uma única reclamação acerca de seu departamento era que, para um local de extremo perigo, todos eram demasiados… espíritos livres, por assim dizer. As regulamentações eram mais dicas duma senhora desgastada que normas a serem seguidas. “E a seção de controle do mau uso dos artefatos dos trouxas? Soa como algo divertido. E aposto que seria um ótimo último golpe na sua família.”

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━━ porque eu sou um cachorro limpinho e não tenho pulgas! ━━ defendeu-se, falsamente ofendido pelo compentário alheio. ━━ aprendi uma poção ótima para dar um jeito nelas. ━━ comentou em tom mais baixo, porque aquilo era verdade. ao ver os olhos alheios baixando, sirius acompanhou-os, também se deparando com as bandagens e acabou suspirando. claro que não gostava de ver seus amigos feridos, mas preferia que fosse no trabalho do que por qualquer outra coisa. já tinha visto estrago demais desde que se juntara à ordem. ━━ sabe, moony? ━━ disse, tornando a levantar os olhos para o rosto do outro. contudo, sirius permaneceu em silêncio por alguns instantes em uma pausa dramática. então, pousou sua mão esquerda no ombro do melhor amigo, apertando-o levemente. ━━ sei que já não passamos mais tanto tempo junto, agora que você tem um emprego e mora em outro lugar, mas se a intenção é passar mais tempo comigo, posso te visitar todas as noites. posso até te levar para dar uma volta na minha moto, se quiser. ━━ as palavras vinham com uma seriedade que, por muito pouco, não era destruída pelo sorriso que sirius tentava conter. apesar de só estar perturbando o outro, o que dizia não era mentira, de todo jeito. ━━ me convencer a trabalhar no ministério não vai funcionar, meu amor.

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Concordou com um aceno de cabeça, respondendo no mesmo tom baixo: “Tomar banho também funciona, mate.” Ao sentir a mão de Sirius em seu ombro, sabia que nada de bom estava por vir. Se refreou de revirar os olhos uma segunda vez, em vez disso, forçando um sorriso ao segurá-lo pelo queixo. “Mon deux, como adivinhou que estava doido para ficar meia hora agarradinho à sua cintura enquanto imploro pela minha vida na traseira da sua moto? Suas habilidades de direção são a única coisa capaz de instigar meu amor próprio, padfoot.” O empurrou, fracamente, pelo maxilar antes de se afastar, encostando na parede e acendendo um cigarro. “E ótimo que tocou no assunto, salientando que não aparece em casa porque não quer, já que sua motocicleta está em ótimo estado.” Deu uma longa tragada, soltando a fumaça devagar. “Tive até que bloquear a portinha de cachorro, que coloquei especialmente para você, porque os gatos da vizinhança estavam entrando.” Sorriu de canto, dando outra tragada. “James e Lily tem uma desculpinha muito adorável para não me verem. Qual a sua? Considerando que é um jovem desempregado e desprovido de crianças para sustentar; até onde sei, pelo menos.”

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━━ está tentando me dizer alguma coisa, por acaso? ━━ perguntou, semicerrando os olhos para o outro. feliz ou infelizmente, sirius era do tipo que não se ofendia com facilidade. se fosse, possivelmente não teria sobrevivido vivendo sob o mesmo teto que seus pais. mas tinha feito um bom trabalho em esconder o sorriso daquela vez. pelo menos até o momento em que o outro segurou seu rosto. ━━ a ideia de ter você implorando soa incrivelmente diverta, meu caro. ━━ devolveu, arqueando as sobrancelhas, tentando provocar o outro. ━━ olha aí! estou te oferecendo uma noite de diversão e, de quebra, uma boa dose de amor próprio e você tratando com indiferença. assim vai acabar partindo meu coração. ━━ dramatizou, só porque era sua especialidade, chegando a levar uma das mãos ao peito enquanto observava o outro se afastando para fumar. sirius acabou se aproximando um passo curto, porque a fumaça não o incomodava, nem o cheiro. até porque tinha o mesmo vício. mas, apenas escondeu as mãos nos bolsos da jaqueta.

━━ bloody hell, estou me sentindo muito amado agora, obrigado por isso. ━━ soltou, por entre uma risada, sobre a portinha de cachorro. ━━ até onde eu sei também e espero que continue assim. ━━ comentou, sobre ter filhos. não que tivesse aversão à ideia, mas ninguém em são consciência o deixaria inteiramente responsável pela criação de um ser humano. ━━ mas, ei! eu tenho a mesma desculpinha adorável, sabe? sou a babá número um da versão miniatura do prongs. e por ser desempregado, sou jogado de um lado para o outro nas missões da ordem. sabe como é, aparentemente ninguém confiaria coisas importantes a mim e aí é que está o trunfo da coisa toda.

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2 years ago
Basile And Arthur - S5.E1-3
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2 years ago

enquanto algumas pessoas podiam seguir suas vidas tranquilamente, acreditando que a paz finalmente reinava, sirius tinhas dias agitados desde que saíra de hogwarts e decidira juntar-se à ordem da fênix. isso porque ali eles sabiam que não era paz, mas uma pausa. a calmaria que precedia uma tempestade. e, por isso, o trabalho não acabava. ainda havia algo que voldemort queria e seus seguidores estavam dispostos a dar e era contra isso que lutava. pistas falsas eram uma constante em meio a tudo isso, mas não podiam se dar ao luxo de ignorar. assim, sirius tinha viajado até uma cidadezinha do interior, depois de um rumor de que comensais da morte estiveram rondando por ali.

de fato, estavam. mas, aparentemente, não era nada além de uma emboscada para os membros da ordem. sirius, bem como outros dois membros que o acompanhavam logo entraram em duelo. mas estavam em menor número e foi por pouco, realmente muito pouco que conseguiram escapar. infelizmente, o plano original tivera que ser jogado pela janela e tudo acabou com cada um indo para um lado. e ele sabia que estava machucado, sentia a ardência dos ferimentos causados por feitiços em seu rosto e membros, além da dor de ter sido derrubado e jogado no meio da confusão. no entanto, só percebeu a extensão da coisa toda quando a adrenalina diminuíra e dor tomara-o com força. precisava de ajuda e seus instintos lhe diziam exatamente para onde ir.

sob a forma animaga, onde o sangue grudava nos pelos negros do cachorro, sirius aproveitou-se da escuridão da noite quente para caminhar livremente. mais como se arrastar livremente, na verdade. só quando estava à porta de remus, lembrou-se do que o outro dissera sobre bloquear a portinha de cachorro. droga, moony, pensou consigo mesmo. então, passou a arranhar a porta com as patas, criando o máximo de barulho que podia.

↝ with: @areusirivs​

╭ॱ˖ 🍂ɞ﹒Os tics rítmicos do relógio de pêndulo são sua única companhia na noite quente de verão. Sentado no chão entapetado, os dedos da canhota doem após longas horas fazendo anotações — como pesquisador, parte de seu trabalho constitui em dedicar horas, dias, lendo espessos livros com lombadas arregaçadas que, com um grito de socorro, seguravam as centenas de páginas amareladas por seus milhares de anos; era ótimo para estimular seu cérebro, mantendo seu hábito de leitura vivo mesmo em dias como aquele em que o clima o desmotivava a mexer-se muito. Colocou as folhas (abandonara o uso antiquado de pergaminhos no momento que deixara Hogwarts) sobre a mesa, prosseguindo a murmurar um feitiço para que os livros se organizassem sozinhos nas estantes, mesa e cantos escuros do cômodo. Se espreguiça, encostando no sofá conforme os dedos doloridos percorrem o bolso em busca do maço de cigarros. Com a cabeça apoiada no estofamento macio, dá uma longa tragada em seu cigarro, observando o céu noturno à vista em seu modesto sunroom. Dentre os milhares de feitiços que ornamentavam o chalé, o local contava com um que o permitia assistir os campos que cercavam sua casa sem que outros pudessem vê-lo do lado de dentro — uma proteção necessária por ambos seus serviços para a ordem e suas noites de transformação.   

 With: @areusirivs

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╭ॱ˖ 🍂ɞ﹒ O odor enferrujado de sangue o encontra antes do farfalhar das folhas do lado de fora — em algum momento, as pálpebras se fecharam enquanto seus pensamentos vagavam pelas inúmeras questões que preenchiam sua mente; mas a arritmia o ataca junto ao cheiro, o alertando. Seus pensamentos correm para perigo: um ataque? uma emboscada? Duvidava ser relevante o suficiente para tal, mas sua casa era equipada com chaves de portal escondidas pelos cantos para escapadas rápidas, se necessário. Assim como feitiços de proteção. Feitiços que não dispararam. Pensou, se desfazendo do cigarro ao levantar-se: uma modesta criação sua, uma aprimoramento do fianto duri que funcionava, de certo modo, como os sistemas de segurança trouxas; exceto que, supostamente, detectava apenas ameaças. 

Se concentra,  retira a varinha do bolso ao sair do sunroom em passos silenciosos até o corredor. O farejo não é aguçado como nos meados da lua cheia, mas consegue identificar ser um animal. Talvez uma criatura ferida que se perdera? Ou uma distração? Não podia confiar, tão plenamente, em suas invenções — o outro lado, afinal, conta com bruxos exímios e com muitas mais artimanhas que ele. É somente quando chega à sala que os arranhões começam e, de sobrancelhas juntas, Remus observa a figura canina pela fresta da cortina duma janelinha com vista para a entrada. Sirius?!. A arritmia se intensifica e, de imediato, corre ao seu auxílio, puxando-o para dentro antes de fechar a porta com uma batida. “Que diabos aconteceu?!” 

deixando-se ser puxado para dentro da casa, sirius aguardou apenas até que ouvisse a batida da porta para abandonar a forma animaga. estirado no piso, tentando não mover mais nenhum músculo enquanto fazia um tipo de inspeção mental para verificar se todos os membros e órgãos funcionavam corretamente, tinha os olhos escuros voltados para o teto. o rosto bonito marcado por pequenos cortes e hematomas, como aquele que fazia o lábio inferior sangrar e enchia a boca com um terrível gosto enferrujado. a respiração era lenta e um tanto ruidosa, porque de fato doía respirar. mas, ainda assim, acabou voltando as orbes para o melhor amigo. e, diante da preocupação dele, um sorriso frouxo tomou os lábios de sirius. se tivesse sobrado um pouco mais de coragem em seu corpo, teria dado um jeito de bagunçar os cabelos do outro. ━━ hello, honey. you look lovely tonight. ━━ cumprimentou, em tom leve. era aquele tipo de coisa que sirius usava para certificar os outros de que estavam bem. pelo menos tanto quanto possível. dizer as coisas diretamente não fazia muito seu estilo.

sirius chegou a pensar em se mexer, colocar-se sentado. mas acabou desistindo rapidamente da ideia. estava confortável ali, especialmente quando já não sentia mais a sensação eminente de morte e acompanhado de alguém cuja presença nunca falhava em colocá-lo nos eixos, só por estar ali. ━━ disseram que havia comensais rondando mais uma daquelas cidades onde judas perdeu as botas. como ninguém quer outro ataque a trouxas, caradoc, alice e eu fomos dar uma olhada. adivinha só? eles estavam mesmo lá. ━━ contou, junto a uma risada que carregava uma mistura de incredulidade e ódio deles mesmos, por terem sido tão idiotas. por fim, sirius reuniu coragem para colocar-se sentado. a motivação era, certamente, o ódio. ━━ acha que já é seguro mandar mensagem para alguém? cada um correu para um lado... quero saber se estão bem.

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Sirius: Say what you want about me, but I never make the same mistake twice.

Remus: No, you make new and increasingly stupider mistakes each time.


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╭ॱ˖ 🍂ɞ﹒Suas transformações costumavam ser violentas, imperdoavelmente marcando seu corpo. Por muitos anos, acordara cercado por aquele odor enferrujado e a ardência penosa donde as garras do lobisomem haviam o cravado. Fúnebre, mas o romper de pele e o expelir de sangue o eram tão familiar quanto os nonnettes de sua mãe — não era, então, naquele momento, a exposição às violências que causavam o sutil tremular de seu corpo e a cadência irregular de seu coração: era a maneira como adornavam o corpo de Sirius; a figura estirada sobre a madeira uma réplica dos pesadelos que o atormentavam nos últimos anos. A visão se afugenta em outro canto do cômodo por segundos, o dando um momento para se recompor. Há muito deixara-se de preocupar-se com seu próprio estado físico (ou mental), mas os dos amigos era de suma importância. Nunca suportara assisti-los se machucando e a culpa das luas cheias em que acabara por os ferir ainda pesavam. Soltou um bufo de escárnio e incredulidade com a fala do outro.  ━━ Took you almost coming to a sticky end to come and see me, uh. ━━ Retribuiu o tom ameno, apesar da expressão rígida, entendendo ser a maneira peculiar de outrem de assegurá-lo que estava bem. 

Balançou a cabeça. ━━ Isso foi extremamente estúpido. Vocês deveriam ter chamado mais gente… ━━ Deixou o restante de suas críticas morrerem em sua garganta. Pelo tom do outro, era perceptível que percebera o erro que haviam cometido. Suspirou. — Não para eles. — Se mandassem uma mensagem para qualquer dos outros dois, estariam arriscando os expor caso estivessem em fuga ou, pior, comprometer as operações da Ordem caso tivessem sido capturados. Sempre haviam sido opostos. Sirius era benevolente, um coração de leão: Remus não era assim. Fora roubado de sua ingenuidade, de encarar o mundo com as lentes cor-de-rosa e da paixão efervescente de viver. Para o mundo bruxo, aquela era a primeira guerra em décadas; contudo, para aqueles como ele, a paz nunca existira. As noções de preservação e sacrifício eram inerentes à existência dos lobisomens — dessa maneira não o fora difícil adaptar-se às demandas da guerra, tornar-se a pessoa que tomava as decisões difíceis. Poupar os colegas, especialmente aquele à sua frente, de precisar comprometer suas crenças e jeitos. Se fosse ele, não estaria no chão do amigo preocupando-se com o bem estar dos outros: haviam feito suas escolhas, sabiam dos perigos. Ou, ao menos, não daqueles em específico. Seu coração nunca fora tão grande quanto o dele, suas preocupações e afeições limitadas aos três (e Lily) que haviam dado a chance de ser alguma coisa além do monstro asqueroso. Esperava, obviamente, que os outros estivessem bem; mas, independente, Sirius estava ali e era o que importava a si. Gesticulou com a varinha e um feixe prateado ondulou para fora do objeto, se transformando num majestoso e fantasmagórico canis lupus que o rodeou antes de desaparecer em direção à janela. ━━ Avisei Alastor e Quim, eles saberão onde encontrá-los caso já não tenham se refugiado. ━━ E o quê fazer caso as coisas tenham dado errado, pensou. 

Por fim, se agachou ao lado dele. Nunca fora muito bom em, literalmente, cuidar das pessoas, não possuindo as gentilezas e delicadezas necessárias para tal. Sirius era uma exceção. Porque apesarem de serem opostos, o outro encontrara (ou forçara) caminhos por suas barreiras; fosse nos contatos físicos exacerbados ou nos maneirismos infantis — estar na presença de Sirius o era confortável o suficiente para não precisar “overthink” se estava agindo de maneira certa. Levou a mão ao rosto de outrem, o dedão posto debaixo de seu lábio, suavemente o virando em sua direção antes de murmura um feitiços. ━━ A lot better. Red doesn’t really suit you.  ━━ Disse conforme o machucado e sangue dali desapareceram.  ━━ Onde mais? Tenho algumas poções guardadas caso precise.

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A resposta de Remus arrancou uma risada dolorida de Sirius, que havia se transformado em uma gemido de dor fraco lá pelo final do ato. No entanto, não podia negar que a reação alheia o divertira. ━━ "Sticky end" my ass! ━━ Exclamou em resposta, passando por cima de sua dor para poder assegurar aquela informação. ━━ Acha mesmo que me derrubariam tão fácil assim? Homem de pouca fé. ━━ Brincou com ele. Fazer piada da situação ou fingir que era mais forte do que realmente sentia-se diante das coisas, era uma das maneiras que Sirius encontrara para manter-se firme e diminuir a preocupação das pessoas que mais lhe importavam no mundo. Haviam escolhido um camino perigoso, no fim das contas. Fazer a coisa certa, no mundo em que viviam, era um destino incerto e ele sabia, sabia bem que tivera sorte de voltar inteiro daquela vez. E que podia não ter a mesma sorte da próxima vez. Ou que teriam que enterrar mais algum amigo em algum momento. Tudo o que podia fazer era esperar que não fossem os primeiros da lista, porque Sirius realmente não conseguia imaginar-se vivendo em um mundo onde aqueles que tiha como seus pilares de sustentação não estivessem.

Enquanto esperava o outro enviar a mensagem, apesar do silêncio que guardava, a mente estava trabalhando em uma velocidade enorme. Não costumava se arrepender das coisas que fazia, e também não acreditava que valia a pena remoer o que já não tinha como mudar, mas de vez em quando era necessário fazê-lo. Aquele era um daqueles momentos, porque precisava entender qual era o propósito daquela emboscada. Para um grupo que deveria estar em retranca, atacar membros de uma soceidade que trabalhava com o Ministério era um movimento estúpido, no mínimo. A voz de Remus acabou tirando-o de seus pensamentos. Assentiu brevemente quando tornou a erguer os olhos para o outro. ━━ Obrigado, Moony. ━━ Disse baixinho, afagando a perna dele quando agachou ao seu lado. Com o toque em seu rosto, guardou o resto da fala e apenas deixou que o outro o ajudasse com o ferimento. Um suspiro deixando seus lábios quando o feitiço trouxe alívio da ardência que estivera sentindo ali, seguido de perto por uma risada fraca. ━━ Eu fico bem de qualquer jeito, sai fora. ━━ Retrucou, só pelo gosto da implicância. Mas então, puxou a camiseta de banda, suja e surrada, para fora do corpo, revelando mais alguns cortes e hematomas que desciam por seu tronco, causados por feitiços e quedas que sofrera enquanto escapava. ━━ E... Desculpa por ter vindo para cá com toda essa bagunça, eu só... Só consegui pensar em vir atrás de você. ━━ Confessou, ainda mantendo o tom baixo, quase sussurrado. Como se fosse algo incomum, como se já não tivesse se tornado quase um movimento automático voltar-se para o homem ao seu lado em diversas situações.

Que Remus era o mais inteligente entre os quatro, era fácil perceber. Mas ia muito além disso. Da posição em que se encontrava dentro do grupo que criaram há tantos anos e de tudo o que já tinham passado até então, Remus era o motivo pelo qual ainda não tinham metido os pés pelas mãos. Sirius sabia que sem ele, talvez já não estivesse ali para contar a história há algum tempo. Sem que pudesse controlar as emoções, sentia os olhos marejando e odiava a sensação. ━━ Isso já era para ter acabado, não era? Por que eles querem brincar de gato e rato agora? O que é que está acontecendo dessa vez?

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╭ॱ˖ 🍂ɞ﹒Com seu coração ainda fora de ritmo, acompanhou os movimentos de Sirius, atento à cada detalhe, pronto para auxiliá-lo caso precisasse. Até ali, ele estava consciente… falando, entretanto, nada garantia que não iria desmaiar ou que sua condição não era mais séria do quê parecia. Apoiou um dos joelhos no chão, se aproximando mais, mordendo o lábio inferior ao examinar os hematomas e cortes no torso exposto. Devido à desagradável experiência com tratamentos, aprendera centenas de feitiços de cura a fim de evitar submeter-se a prolongados cuidados ou poções: às vezes, contudo, não possuía escolha uma vez que os ferimentos das transformações iam camadas fundas em seu corpo. Mesmo à primeira vista, conseguia determinar que, ali, não conseguiria curar todas com meros acenos de varinha. ❝ — Não precisa se desculpar… antes eu que James… — Murmurou, distraído, concentrando-se em mentalizar os feitiços corretamente. Em sua interpretação das palavras, Remus concordava que não deveriam recorrer aos Potter em situações como aquela. Havia, afinal, a possibilidade de serem seguidos, colocando em risco qualquer um que os prestasse ajuda (e a Ordem, num geral). Não podiam colocar tal fardo nos Potter, já haviam passado por suficiente. Nunca arriscaria, também, recorrer a Peter: seus instintos nunca o permitiram, o considerando alguém que, apesar das boas intenções, pouco seria capaz de fazer. Remus, por outro lado, era uma escolha segura. Não tinha nada a perder, nem muita falta a ser sentida — Sirius, no entanto, não. Outra razão para, caso fosse o contrário, não estaria no chão dele. Apesar dos maneirismos descontraídos e a persona “rebelde”, sabia que Sirius possuía mais a contribuir naquela luta que qualquer outro. Seu senso de dever, coragem, os dons mágicos: e, acima de tudo, a sensibilidade que escondia — quando a guerra acabasse, Sirius seria um espetacular padrinho, tio… provavelmente pai. Se sobrevivesse, Remus seria apenas… Remus. Mas, além das lógicas, numa perspectiva sentimental, sentia-se aprazível, de certo modo, com a afirmação… seu âmago querendo acreditar que fora, também, uma escolha emocional; não somente racional. Com as palavras que seguiram, considerou por alguns minutos. ❝ — Não sei. — As orbes azuis abaixaram para encarar os próprios dedos percorrendo pela varinha.

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❝ — Todas as possibilidades que pensei parecem improváveis. E, ao mesmo tempo, assustadoramente possíveis. Podem estar a identificar cada um de nós, encontrar padrões em nossas ações, nos contabilizar e categorizar… sabem que não ignoraríamos possíveis ameaças e estão se aproveitando. Um método arriscado e demorado, sim… ou poderiam estar nos distraindo… nos fazendo crer que estão planejando algo maior. — Ou sabem exatamente quem somos, e alguém os disse exatamente como agir para atrair alguns de nós. Pensou. Antes das conquistas, aquele era o elefante no cômodo durante os  encontro da ordem, a possibilidade assustadora que não queriam reconhecer: seria, realmente, uma coincidência terem sido Alice, Sirius e Caradoc a aparecerem? Ou alguém escolhera aquele momento para atacar sabendo que seriam eles? Balançou a cabeça, suspirando. ❝ — Mas esse não é o momento para discutirmos os porquê… o que importa é que você está aqui. — Frente à fragilidade de outrem, seus escrúpulos dissiparam, instintivamente aspirando confortá-lo: encostou a testa na dele, oferecendo-o um sorriso de lábios fechados antes de se afastar, brevemente, tocando o nariz ao dele. ❝ — E preciso que deixe de sujar a entrada da minha casa e vá para a sala ou o sunroom, qualquer lugar que eu possa ver direito o resto dos cortes. Posso carregá-lo se precisar. 

━━ Não, James não... ━━ Concordou imediatamente, por entre sua respiração. Sirius entendia que já não podia mais ser exatamente como antes, quando conviviam sobre o mesmo teto e podiam estar os quatro juntos sempre que algo acontecia. Entendia que as prioridades de James haviam mudado e que precisava ser ainda mais cuidadoso agora que tinha Lily e Harry em sua vida. Entendia, mas era difícil de engolir de vez em quando. Porque não era apenas crescer, se tornarem adultos com responsabilidades de adulto. Era crescer dentro de um cenário de guerra, onde as pessoas com quem mais se importava estavam com um alvo permanente em suas costas. A mudança era enorme e brusca, por isso acabara por se tornar algo difícil de engolir de vez em quando. Então, quando dizia que não podia recorrer a James, também, era com dor por entre as palavras. Por não poder chamá-lo até ali, com Peter. Por saber que não podiam colocar mais nada sobre os ombros dele, que já tinha muito. Nem no de Peter, que não aguentaria. ━━ Não fala nada disso para ele, tá? Nem para o Peter. Eu... Não quero assustá-los. Nem foi tão ruim. ━━ E isso era Sirius tentando ignorar seu próprio estado naquele momento, dizendo a si mesmo que estava surpreso e era por isso que as mãos e pernas tremiam um pouco.

Ao ver o outro baixar os olhos, Sirius sentiu um arrepio desconfortável subindo pela espinha. Não era a melhor pessoa para analisar situações, então ver a que era responder com um "não sei", enchia-o de preocupação. E raiva também. Não era para estarem retrocedendo a um ponto onde comensais se sentiam confortáveis de caçar à luz do dia. ━━ Que inferno! Será que... Você-Sabe-Quem pode ter entrado em contato com eles? I mean, they're not that bold without him, right? Sem ele por perto, são só um bando de baratas nojentas. ━━ Resmungava exasperado, correndo os dedos pelos cabelos ondulados, afastando-os do rosto. ━━ Temos que contar ao Dumbledore... Ele vai saber o que fazer, não é? ━━ Perguntou, buscando pelo olhar do outro claramente ansiando por uma resposta positiva.

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Sirius sequer percebera o quanto havia ficado tenso até o momento em que Remus cortou o assunto. Porque foi naquele momento que a leve surpresa o tinha relaxando toda a postura e suavizando a expressão até que um sorriso incomumente tímido se fizesse presente. Quando sentiu a testa dele na sua, subiu imediatamente uma das mãos para afagar brevemente os fios claros da parte de trás da cabeça do outro. ━━  Não vai se livrar de mim tão fácil, não se preocupe. ━━ Respondeu pouco mais alto que um sussurro, junto a uma risada fraca que mesmo assim fazia com que todo corpo doesse. ━━ Eu amo você. ━━ Acrescentou, antes que o outro se afastasse por completo. Enquanto cresciam, foram as poucas as vezes que Sirius dissera aquilo sem o tom brincalhão que lhe era familiar. Mas desde que vivia sem saber o que seria do dia seguinte, parecia importante que verbalizasse aquilo com honestidade quando tinha a chance. Se algo viesse a acontecer, queria Remus soubesse que era grato pela amizade que tinham, que soubesse o quanto era importante em sua vida. 

Com a bronca sobre suja a entrada, uma nova risada viera e acabara com um gemido de dor. Mas Sirius assentiu em concordância sobre ir para outro lugar, enquanto passava as mãos no rosto, recolhendo as lágrimas finas e teimosas que rolaram por suas bochechas. ━━ Sai fora, não vou deixar que se aproveite do meu estado frágil para me seduzir, me carregando até o sofá. ━━ Brincou com o outro, usando daquele momento para reunir suas forças para colocar-se de pé, deixando a camiseta surrada para trás. ━━ Mas, se me trouxer alguma coisa com álcool e um cigarro, posso te dar um beijo. ━━ Adicionou, então. Contudo, não ousou olhar por cima do ombro em busca da reação alheia. Estava tonto e os passos cambaleantes eram testemunha disso, mas não deu o braço a torcer e foi tropeçando nos próprios pés que chegara à sala, acabando por ficar pelo sofá. 


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— mate, passei a última hora enchendo a cara, eu esqueci de muitas coisas. — puxou-o um pouco para longe da região do bar, fugindo dos olhares cheios de cobiça que começavam a virar para eles; assim como para longe das cabeças encantadas que sussurravam para a dona do bar. — now that i’m stoned enough… I might? mas não dou garantias, infelizmente nenhum deles viveu as expectativas. — suspirou dramaticamente. por fim, destampou a garrafa, dando um longo gole antes de o oferecer a garrafa. — e cachorro é você. namorar não muda o título. eu, aparentemente, sou casanova. muito mais elegante.

━━ eu também, mas se esquecer disso, vou estar em sérios problemas. ━━ comentou, franzindo o nariz. sirius odiava a ideia de conflito no seu relacionamento. se fosse para ficar brigando, certamente preferia estar solteiro. por sorte, tinha toda a história de seu melhor amigo flertando com os caras da banda para se distrair. por isso, o sorriso se recusava a deixar seu rosto. ━━ não precisa ficar com eles, se esse é o caso. ━━ então, sirius correu os olhos pelo espaço, focando nos rostos das pessoas daquela vez. ━━ opção é o que não falta para você por aqui. aponte alguém e serei seu wingman. ━━ completou ao aceitar a garrafa e, depois de um gole generoso, seguido de uma breve careta, uma nova risada se fez presente. ━━ muito elegante mesmo, flertando por garrafas de uísque, tô vendo. ━━ comentou com sarcasmo, enquanto corria os dedos pelos cabelos, afastando a franja da testa, porque já estava suando.  ━━ quem foi que te chamou de casanova? 


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com a expressão de sirius,  o deu um tapinha nas costas. ━ i’m sure neither of you will. ━  considerando os recentes acontecimentos na própria vida amorosa, a última coisa que desejava era assistir os amigos passando por decepções. — primeiro, isso é um exagero. segundo, eu não preciso de um wingman. especialmente não um que sequer conseguiu encantar a bartender: ela já sorriu até para o peter, pads. — não que estivesse a desmerecer a aparência do melhor amigo, mas era conhecimento comum que sirius era o mais atraente e charmoso deles. revirou os olhos, entretido, o dando uma cotovelada no braço. — você estava fazendo a mesma coisa há dois segundos. — retirou a garrafa das mãos de outrem, dando outra golada. soltou um bufo em escárnio. — as amigas imaginárias da lils, na minha opinião. não é como se eu tivesse saído com tantas pessoas assim e muito menos publicamente. 

sirius riu fraco e assentiu em agradecimento pelo apoio, mas seu ego o fazia sentir que não precisava daquilo. too cool for a heartbreak, right? ━━ ele é fofinho! ━━ sirius exclamou, beirando a frustração, como se aquilo fosse justificativa o suficiente. ━━ não torne isso um desafio pessoal, moony. sabe que eu consigo ficar com ela, se eu quiser. ━━ finalizou, decidido, empurrando o outro de leve, depois da cotovelada. ━━ mas eu fazer isso não é surpresa para ninguém, é? ━━ arqueou uma das sobrancelhas. a resposta seguinte fez com que o moreno hesitasse por alguns segundos. ━━ às vezes eu acho que ela tá na sua, sabe? ━━ comentou então, cauteloso. ━━ não julgo porque eu também. mas, dude... ━━ sirius não completou a frase, mas não era uma ameaça, só um conselho, se pudesse dar. os dois sabiam muito bem o quanto james era a fim de lily. 


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ㅤㅤ  ㅤㅤ    ㅤㅤ    ㅤㅤTRUTH OR DARE? with @r-lvpin

Sirius era uma pessoa simples, se divertia com qualquer idiotice. E era justamente por isso que não perderia a oportunidade de colocar seus amigos em situações esquisitas para o seu próprio divertimento. ━━ Já que você tá todo soltinho hoje, meu querido... ━━ Começou, já mal contendo o próprio sorriso. ━━ Quero ver você lambendo o rosto de alguém. Pode escolher quem. Mas assim, não é uma lambidinha xoxa, sem graça, não! Pode arrastar a língua com vontade, viu?


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Revirou os olhos, entretido, ao encostar na parede próxima. — Não é minha culpa se você nunca me procurou por diversão, só pra livrar a sua cara de alguma coisa. —  O encarou de soslaio, rindo baixinho.  — Oh sim, mil perdões. Pois a partir de hoje reconheço seus sentimentos. —  Terminou com a bebida na garrafa, deixando um suspiro. —  Well, se vocês dois são velhos o suficiente para beber, namorar e fazer merda, também deveriam ter maturidade para essas coisas. — Resmungou. Apesar das palavras, o tom não trazia a mesma irritação de antes, somente cansaço. Se fosse sincero, Remus sabia que era o odd one naquele quarteto e, principalmente, naquele trio; o que o deixava mais agitado quando era singled out daquela forma. Não era nem como se tivesse feito alguma coisa. De qualquer maneira, nunca se demorava em suas indignações com os amigos; especialmente com Sirius. —  If you two weren’t so stubborn and stuck on your impressions of each other, dariam ótimos amigos. 

Sirius ia responder com alguma piadinha de duplo sentido, mas as palavras acabaram atropeladas pel própria risada e a total incapacidade de manter a expressão séria o bastante para o que precisava. ━━ Você tem que tomar cuidado com o que fala, cara. Te procurar por diversão só me faz pensar no quanto sua cama é perto da minha. ━━ Respondeu com sua honestidade de bêbado, absolutamente divertido. ━━ Olha só, só precisei de seis anos para isso, quem diria? ━━ Resmungou, mas toda a chateação era só teatro. ━━ Vai devagar, não estou em condições de carregar você de volta para o castelo. ━━ Comentou, referindo-se à bebida. Sirius já estava certo de que teria que arrastar-se de volta ao castelo pela maneira como estava enxugando todo álcool que passava, mas não estava realmente preocupado. ━━ Ou não. Prongs está inteiro ainda. Ele consegue. Vai fundo. ━━ Disse então, deixando tapinhas de incentivo no braço do outro. ━━ "Essas coisas" são mais complicadas que beber, namorar e fazer merda, dá um desconto. ━━ Pediu, fazendo careta. Sentimentos eram complicados demais, odiava ter que lidar com eles, porque parecia ter muitos deles, mas nenhuma habilidade para lidar com eles. ━━ Que impressões um do outro que eu só escuto você e James falando o quanto ela é bonita, e legal, e inteligente, e perfeita, e bla bla bla? Teoricamente, minhas impressões dela são boas. Mas o contrário não é. E eu não ligo. Não preciso que ela goste de mim a menos que ela case com o Prongs ou com você. ━━ Deu de ombros em um gesto particularmente infantil.


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Sacudiu a cabeça, rindo baixinho. — Bom, você nunca me procurou para isso também. Então… — Encolheu os ombros, murmurando um just saying. — Ei, antes tarde do quê nunca, não é? — Colocou a garrafa vazia sobre uma das mesas, suspirando. — Na verdade estava considerando ficar na casa dos gritos… a lua é daqui dois dias mesmo. O diretor não vai ligar se eu desaparecer um pouco antes. — Ignorou o comentário e o tapinha em seu braço, tentando não se irritar novamente. Percorreu os arredores com os olhos, procurando por mais bebida ou alguém que o pudesse dar alguns… cigarros. Fazia tempo desde a última vez que saíra ou tivera a oportunidade de beber, o que significava que não pararia até seu corpo gritar por socorro. — Hold up, mate… now you sound weirdly jealous. Tenho certeza que falo por mim e James quando digo que você ainda é o mais bonito, inteligente e legal em nossos corações. — Pendeu a cabeça para o lado, o olhando em pseudo pena, o dando um apertãozinho na bochecha. — For fuck’s sake, padfoot! Somos amigos, só isso. Juro que o próximo comentário eu boto fogo nessa sua jaqueta quando você a estiver usando. — Murmurou exasperado.  

━━ E deveria? ━━ Perguntou, arqueando as sobrancelhas em um claro sinal de interesse. Não que estivesse planejando fazer algo para ferir seu relacionamento, mas a resposta havia sido um tanto inesperada e ele não queria perder a oportunidade de conseguir a informação completa. Não se sabe o dia de amanhã, afinal. De mais a mais, conversas de teor duvidoso não era novidade entre seus amigos e ele. ━━ Você é ridículo. ━━ Foi tudo o que disse, depois de bufar por conta do que ouvira. Então, buscou pelo maço de cigarros no bolso de trás da calça, que estava completamente amassado e suspirou ao ver o estado que ele estava. Mas, considerando as vestimentas da noite, era melhor que ficar sem. Esticou o cigarro, ajeitando da melhor maneira que podia e levou-o à boca para acender. Depois do primeiro trago, ofereceu-o ao outro enquanto assentia vagarosamente. ━━ Vai ficar sozinho? Topo ir para lá, se quiser companhia. ━━ Ofereceu, sem nem precisar pensar a respeito.

━━ I'm not jealous! ━━ Exclamou quase imediatamente, defendendo-se. ━━ And you're lying because I highly doubt once in your life you thought I was intelligent, to put me this high on your list.━━ Apontou, dando um tapinha na mão do outro para afastá-la de sua bochecha. Talvez estivesse com uma pontinha de ciúmes, mas jamais daria o braço a torcer. Não para Lily. ━━ Now, why are you getting mad at me? Eu disse se, Moony! Se ela casar com vocês. Calm down! E não ameace minhas roupas boas, eu pago caro nelas.  


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2 years ago

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・୧︰ onde — Igreja onde os corpos foram encontrados. 

╭ 🍂・︰Em sua ansiedade por respostas, com permissão de Dumbledore, Remus tomara a liberdade de comparecer no local onde os corpos haviam sido encontrados. As informações que possuíam — assim como as discussões durante a última reunião — haviam circulado sua mente pela madrugada, suas hipóteses o mantendo acordado. Pensara que, se colocando na cena, poderia auxiliá-lo em suas inferências, apresentar perspectivas diferentes. No momento em que aparatara no local, mesmo na distância, o odor da carnificina atacara suas narinas; um cheiro (por infortúnio) deveras familiar e, mesmo assim, não falhou em perturbá-lo. Se aproximou do local em passos curtos e, mesmo que há muito tivesse abandonado a religião, prestou-se à demonstrar respeito com um breve gesto. 

As portas de madeira estavam fechadas e, pelo perímetro, reconhecia membros do Ministério socializando com curiosos. Ponderou por alguns momentos antes de encontrar seu caminho para à escrita — poderia checar o interior da Igreja depois. De cenho franzido, os olhos fixaram nas palavras. Desde que as lera pela primeira vez, na manhã anterior, não conseguia deixar de pensar que parecia sútil demais para os métodos de Voldemort. Ainda que soubessem seu nome verdadeiro, não recordava-se de vê-lo o utilizar desde que assumira o título de Lorde das Trevas. Se privara de compartilhar suas inferências durante a reunião da Ordem mas, se fosse sincero… os instintos diziam-lhe que aquilo não era trabalho de Comensais. 

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Assim que soubera que Remus estaria indo para a tal igreja, Sirius se prontificara a ir também. Não ficaria em paz sabendo que ele estava por aqueles lados, especialmente sendo Mestiço. Não que fosse muito bom em estatísticas, mas não queria arriscar quem quer que tenha feito o primeiro ataque, tentasse um segundo. Mesmo a presença dos funcionários do Ministério não faziam nada em apaziguar o coração ansioso e preocupado que carregava no peito. Sabia que seu melhor amigo era perfeitamente capaz de se cuidar, mas ainda assim preferia estar ali também, mantendo os olhos nele.

Contudo, não havia qualquer intenção de que sua presença acabasse atrapalhando-o no que estava fazendo, então Sirius manteve sua distância, tentando ouvir conversas aqui e ali para ver se pescava alguma informação que pudesse ficar no ar. Só que não parecia haver nada últil por ali. E foi por isso que tornou a se aproximar do outro. ━━ Esse lugar fica a meio caminho do fim do mundo, não tem nada acontecendo e mesmo assim, ninguém ouviu nada. ━━ Comentou, claramente exasperado. ━━ Bastante conveniente, não acha? ━━ Acrescentou, ao que os olhos voltavam-se para a escritura no muro. ━━ Alguma sorte com isso aí?

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╭ 🍂・︰Pela grande parte do tempo, Remus apreciava a companhia dos amigos. Mas, quando Sirius se voluntariara para acompanhá-lo, se contivera para não suspirar. Desde que haviam adentrado a Ordem, conseguia contar numa mão a quantidade de vezes que estivera com qualquer dos três numa missão. Por mais que os instintos o dissessem para mantê-los por perto, a racionalidade o obrigava a afastá-los: porque era difícil manter-se fleumático e contido quando sabia que estavam em perigo. O zelo por eles comprometia suas habilidades mentais, tornava-se um estorvo. Assim, apreciou-o mais quando se afastou, momentaneamente lembrando-se o quão bem Sirius o conhecia — sua concentração era melhor quando não estavam próximos, sendo que as orbes sempre pareciam querer procurá-lo quando perto. Mesmo que ali não estivessem em perigo iminente, não podiam abaixar a guarda. Havia, afinal, a chance do culpado os estar assistindo. 

Observando as palavras na parede, as hipóteses piruetavam em sua mente. Tentava repassar o dicionário, procurando as possíveis combinações para aquelas três letrinhas além das supostas iniciais de Tom Marvolo Riddle. — Ninguém nunca parece estar perto quando coisas ruins estão acontecendo. — Murmurou num tom (acidentalmente) melancólico. Continuava a concentrar-se na parede, mas os pensamentos se esvaíam para além dali, para dentro da Igreja. — Se me recordo, entre os desaparecidos… a maioria eram nascidos-trouxas e mestiços, certo? Mas não todos. — Uma teoria formara-se em sua cabeça. — E se… fosse coincidência? Se não estivessem procurando por status sanguíneo mas… praticar magia. — A escolha do local para a disposição dos corpos o incomodava: eram poucos os bruxos que conhecia que conheciam sobre religião trouxa. Mesmo nos livros de história da magia, os eventos de Salem, por parte dos bruxos, pouco eram atribuídos aos movimentos religiosos. Mas aquela não parecia uma escolha aleatória, em fato, para ele, parecia ter alguma significância. Era afastado demais, insignificante demais para não ter alguma mensagem além daquela no muro. — Posso estar completamente enganado, mas pense… é como você disse: estamos no meio do nada. Se isso fosse algo deles imaginaria Westminster Abbey ou Southwark. Isso está espetacularmente entediante… ah, você entendeu o quê quis dizer. — Acrescentou, mordendo o interior da bochecha. Era comum, em meio às suas inferências, soar demasiadamente apático: contudo, não podia deixar suas emoções interferirem em seus julgamentos. Se permitisse que a realidade o alcançasse, se deixasse que seus medos e aflições o atingissem, colocaria a própria sanidade em jogo. —  Não sei, alguma coisa parece… errada. Isso tudo parece deslocado. 

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Sirius passou recibo do tom alheio e, ainda que tivesse franzido o cenho por um momento ou dois, optou por não fazer nenhum comentário a respeito. Então, só passou a ponta da língua pelos lábios, terminando o gesto em uma mordida no lábio inferior. Gesto que carregava um misto de indignação e incerteza. ━━ Ou foram obliviados. ━━ Comentou igualmente baixo. ━━ C'mon, 32 bodies are way too fucking much! ━━ Continuou, ainda sussurrando para o outro. ━━ Se chegaram aqui por magia ou foram arrastados, não é algo que dá para ignorar, é? ━━ Por sentir a tensão tomando-o a ponto de fazê-lo gesticular mais enquanto falava, Sirius fechou as mãos em punhos e enterrou-as nos bolsos da jaqueta.

A confusão estava estampada na expressão de Black depois de ouvir as teorias do outro. Não que não tivesse entendido o ponto dele, mas tornava tudo um pouco mais assustador, de seu ponto de vista e aquilo fazia o coração subir algumas batidas. ━━ Moony, matar esse tanto de gente para praticar magia só me faz pensar em mais um maluco deslumbrado que se acha melhor que alguém. Não vai ser nada bom ter dois desses disputando um trono. ━━ Suspirou exasperado. ━━ Se não for você-sabe-quem, esse aqui já até assumiu as iniciais dele, isso não tá cheirando nada bem. ━━ Por fim, acabou tirando as mãos dos bolsos para corrê-las por entre os fios ondulados, afastando-os do rosto. Podia ser coisa da sua cabeça, mas tirar o cabelo do rosto ajudava-o a pensar melhor, com mais clareza.

E talvez tenha sido isso que fizera com que algo lhe ocorresse. Antes de falar qualquer coisa, entretanto, Sirius correu os olhos pelos arredores, verificando se não tinha ninguém perto demais. Mesmo que não tivesse encontrado ninguém a uma distância perigosa, ainda assim puxou o amigo consigo um pouco mais para o lado, só por via das dúvidas. ━━ E se for armação? ━━ Perguntou novamente em tom baixo, quase sussurrado. ━━ Talvez eles estejam tão no escuro sobre o paradeiro de você-sabe-quem quanto nós estamos, mas... Olha só, para eles ficaria totalmente ridículo terem sido largados à própria sorte pelo cara que botavam em um pedestal, não é? E se isso aqui é uma tentativa de fazer parecer que aquele maluco ainda está por perto? Eles podem matar pessoas, podem armar o circo todo e até usar o nome dele, mas a gente sabe que falta alguma coisa aqui que grite o nome do doidão de verdade.

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2 years ago

Quando recebeu a notificação sobre a reunião emergencial, Sirius não hesitou. Seu senso para com o dever era inabalável e, depois das últimas notícias a respeito do Lorde da Trevas, nada parecia mais importante. Contudo, isso era um pensamento lógico dentro dos padrões do rapaz. Uma decisão moral que ignorava o fator humano de sua existência. Aquele lado que tendia às falhas e que era, se possível, ainda mais imprevisível. A intenção era deixar tudo de lado e focar no que era necessário, mas muitas das palavras ditas no cômodo onde se reuniam simplesmente entraram de um lado e saíram do outro. Porque não conseguia evitar que os olhos continuassem voltando para Marlene. Para sua barriga, especificamente. Não conseguia parar de pensar no que tinha feito de sua vida e no que iria fazer  dali para frente, com um ser humano sob sua responsabilidade com o mundo em uma guerra que não parecia nem perto de acabar. Se é que ia acabar. Aquilo já era o bastante para ter seu estômago girando de maneira incômoda, ainda mais quando se levava em consideração que estava vazio há mais tempo do que provavelmente deveria.

E sua lista de preocupações só fez crescer no exato momento em que vira Remus adentrar o cômodo. Seu primeiro e mais forte instinto era colocar-se de pé para ir até o outro, mas viu-se impossibilitado de dar vazão a ele porque não havia tempo para formalidades e os assuntos começaram a ser levantados sem muita cerimônia. Ainda assim, tentou trocar um olhar ou dois com James e Peter, buscando por respostas, já que Remus mesmo não os olhava. Àquela altura, não era difícil para Sirius saber que estava sendo ignorado. Por isso, não tentou mais chamar a atenção do outro, nem de nenhum dos amigos. Apenas esperou tão pacientemente quanto podia até que o lugar estivesse mais vazio para, por fim, ir atrás de seu melhor amigo.

Sirius normalmente não era muito quieto, mas estava se esforçando no momento em que adentrara a cozinha, depois de alguns instantes apenas observando o outro do batente da porta, como se o som de seus passos fosse trazer enorme perturbação. Ainda se movendo de maneira surpreendentemente gentil e cuidadosa, tirou a xícara das mãos do outro, deixando-a ao seu lado na bancada só para que pudesse ajeitar-se entre as pernas alheias. Então, espalmou suas mãos nas coxas do outro e buscou pelo olhar dele antes de mais nada. ━━ Aconteceu alguma coisa? ━━ Perguntou, só para iniciar a conversa, porque já podia imaginar a resposta. ━━ Quer conversar ou prefere ficar sozinho? ━━ Perguntou pouco mais alto que um sussurro. Podiam ser próximos, mas ainda eram pessoas diferentes e, por mais que sua vontade fosse apenas arrancar as coisas do outro, daria meia volta se ele pedisse para ficar sozinho. Só então, as íris escuras passaram a esquadrinhar as recentes aquisições na pele alheia, demorando-se naquela cicatriz no pescoço. As perguntas rapidamente encheram sua cabeça, mas segurou todas. Mesmo aquelas que pareciam urgentes. ━━ Noite difícil, big boy? ━━ Perguntou, então. Daquela distância, não tinha como olhar discretamente, tentar disfarçar o que fazia.

Quando Recebeu A Notificao Sobre A Reunio Emergencial, Sirius No Hesitou. Seu Senso Para Com O Dever

CLOSED STARTER w. @areusirivs

Eram as primeiras horas da madrugada quando a reunião emergencial terminara. Tendo se voluntariado para permanecer naquela noite, flexionando o pescoço com cuidado, Remus desceu para o primeiro andar, encontrando seu caminho para a modesta cozinha do headquarter. Reportara seu “encontro” com Fenrir Greyback para Dumbledore e Alastor antes da reunião, não vendo motivos para compartilhar, por hora, com todos. Ponderara sobre o acontecido enquanto se recuperava na Casa dos Gritos — onde passara os últimos quatro dias, incluindo a lua cheia na noite anterior —, concluindo que o lobisomem estivera nas redondezas buscando os membros da matilha que, recentemente, habitava os limites de Hogwarts. Encontrá-lo fora uma coincidência, um descuido de sua parte. Sabendo que a lua cheia estava próxima, que os sentidos de licantropos (incluindo o próprio) estariam aguçados, deveria ter tomado precauções. Mas sua mente estivera pesada com preocupações e hipóteses; enquanto Dumbledore o dispensara com palavras tranquilizadoras, sentira o olho mágico de Alastor o acompanhando até deixar o cômodo, o perseguindo mesmo através das paredes — desde que o auror sugerira que se escondesse, notara que esse o vigiava. Lupin entendera a constante supervisão como ambos um alerta e um lembrete: “continue assim e se tornará um estorvo, mas nunca é tarde para abandonar tudo”.  

Sozinho, grunhiu baixinho enquanto se servia uma xícara de chá, os braços doendo com os movimentos. Com as mangas da camisa dobradas nos cotovelos, as bandagens que cobriam as extensão dos braços estavam expostas e, no reflexo da chaleira, reparava as próprias olheiras avermelhadas, assim como a cicatriz que adornava-lhe da base até metade do pescoço: o “novo presentinho” de Greyback. Dormira apenas uma hora naquele dia, mal tendo caído no sono após chegar no chalé quando recebera a mensagem da Ordem; em sua pressa para sair, não conseguira disfarçar a aparência. Por isso, propositalmente evitara a presença dos amigos durante a reunião, mantendo distância. Mórbido, mas sentira-se grato de Greyback tê-lo atacado pouco antes da transformação, sendo que poderia deixar os amigos pensando que os ferimentos eram resultado  duma noite ruim, o poupando de precisar mentir. Não queria que se preocupassem desnecessariamente — afinal, o que acontecera consigo não era nada próximo do tormento pelo qual os Potter estavam passando. 

Sentou na bancada, segurando a xícara de chá com ambas as mãos. O bilhete era uma confirmação que, quem quer que cometera aqueles atos, estava os atiçando. Honestamente, não sabia como reagir aos acontecimentos das últimas semanas. Sequer conseguira formular uma hipótese satisfatória sobre o ataque e eram bombardeados com uma suposta aparição de você-sabe-quem após meses em silêncio — odiava o quão pouco de informações possuíam, a maneira como estavam no escuro, sem saber o quê esperar. 

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