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2 years ago

"Uma Coisa Absolutamente Incrível" (Os Carls #1)

"Uma Coisa Absolutamente Incrvel" (Os Carls #1)

Sɪɴᴏᴘsᴇ Oғɪᴄɪᴀʟ: Um misterioso robot aparece em Nova Iorque... e em São Paulo...e em Buenos Aires...O que se está a passar? São 3 horas da manhã e April May tropeça numa escultura GIGANTE; uma espécie de robot com três metros de altura e aspeto de samurai. Perante a descoberta, April faz a primeira coisa de que se lembra: filma a bizarra estátua. O vídeo é publicado no YouTube e, da noite para o dia, April torna-se famosa por ter sido a primeira no mundo a registar a existência da estátua — aquela que viria a ser parte de um conjunto de mais de 60, espalhadas por várias cidades do mundo. Pouco habituada ao estrelato e às consequências da fama viral, April torna-se internacionalmente famosa e fica associada aos robots. Um movimento emergente desperta. As pessoas querem saber: O que são estes robots e porque existem? Quem os terá criado? E mais importante ainda: serão perigosos? April começa a sua investigação e, reunindo um grupo improvável de pessoas, tenta perceber a origem destes robots e o seu sentido neste mundo. Hank Green explora de modo magistral a forma como lidamos com o medo e o desconhecido, e como as redes sociais transformaram aquilo que entendemos por fama. No seu fantástico romance de estreia, Hank Green revela-nos a história de uma jovem que se torna acidentalmente famosa — para logo se encontrar no epicentro de um mistério muito maior do que poderia imaginar.

Aᴜᴛᴏʀ: Hank Green.

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ALERTA SPOILERS!

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O Mᴇᴜ Rᴇsᴜᴍᴏ: April May começa o livro a dar-nos contexto sobre si e sobre a sua situação, explicando tudo, desde o trabalho dos pais envolver equipamentos leiteiros, a como isso a fez contrair dívidas ao estudar Belas-Artes, a ter conhecido e ficado colega de quarto da sua atual namorada, a tornar-se amiga do Andy e por fim, como a junção de todos esses acontecimentos a levou ao seu emprego atual numa start-up com práticas duvidosa que abusa dos trabalhadores, longe do seu amor pela arte. Acontece que, de forma irónica, a maldita start-up acaba por ser o que a conduz até ao epicentro de um acontecimento que vai impactar a humanidade para sempre. A sair do trabalho às três da manhã por a empresa ser uma "família" (o que é só código para "torna o trabalho a prioridade da tua existência e sacrifica-te por quem recebe o dinheiro"), uma série de coincidências que nada têm a a ver com o acaso encaminham April para a 23rd Street, onde se depara com uma coisa absolutamente incrível (viram? ah pois): um transformer esculpido em metal com quase três metros de altura e um fato de samurai, simplesmente pousado no passeio. A primeira coisa que lhe passa pela cabeça? WOW, claro. A segunda? Acordar o Andy em plena madrugada e obrigá-lo a trazer os seus equipamentos de youtuber amador para apresentar o Carl ao mundo (sim, Carl, mas não deviam estar surpreendidos por ela chamar a um mega robô um nome desses quando o autor literalmente escolhe "abril maio" para a sua protagonista). Andy em posição, acabam por decidir que deve ser a April a ficar com o holofote e a aparecer em câmara por razões de credibilidade, o que é o que acontece antes de voltarem a casa para dormir o resto da manhã. O vídeo é postado, e aí tudo muda. Na manhã seguinte já há milhões de visualizações, lucros a dividir e carradas de e-mails à espera da April... além de notícias sobre o aparecimento de mais de 60 Carls por todo o planeta. Ninguém sabe como é que os Carls foram parar às posições onde estão, ninguém viu equipas de instalação e as imagens de segurança têm cortes súbitos, onde se ouve uma música dos Queen no plano de fundo?! Atraída pela possibilidade de pagar as dívidas de estudante e de se livrar do emprego que odeia, April entra no redemoinho mediático que se forma à volta dos Carls e compromete-se, de forma permanente e sem perceber, a representar tudo o que os robôs podem acabar por simbolizar. Novas pistas começam a surgir sobre a origem dos Carls, cada uma mais rebuscada e anómala do que a anterior, e April dá um passo consciente para se tornar uma figura pública e controlar a narrativa à sua volta, separando aí quem ela é da pessoa que quer mostrar às câmaras. Daí para a frente, a possibilidade da existência de vida extraterrestre começa a ser levantada e April percebe que se enfiou num buraco mais fundo do que pensava. A sua subida à ribalda não vem sem os seus senãos, por cada mão estendida há outra que lhe agarra as pernas, mas a protagonista, junto de um grupo muito peculiar, está focada num objetivo maior: perceber se os visitantes da Terra são amigáveis ou não, e se conseguem manter a ilusão que a April criou se forem perigosos.

Cʀɪᴛᴇ́ʀɪᴏs ᴅᴇ Cʟᴀssɪғɪᴄᴀᴄ̧ᴀ̃ᴏ:

Qᴜᴀʟɪᴅᴀᴅᴇ ᴅᴀ Pʀᴏsᴀ: É uma prosa cheia de comédia, muito direta, melhora a cada capítulo, isso é o mais notório, e tem o ritmo perfeito, se é que me entendem, nada é brusco ou demorado de mais, há um equilíbrio. O facto de a April estar a contar o que lhe aconteceu no passado para um livro (ups foi spoiler? bem, eu avisei) torna a voz narrativa muito mais apelativa e os acontecimentos mais interessantes do que se estivessem a acontecer no exato momento em que sabemos deles. Os diálogos são muito naturais, isso transparece de imediato, e qualquer momento que possa parecer irritante, por exemplo, quando a April fala de não concordar muitas vezes com o que está prestes a revelar que fez, é desculpado, da forma que em muitas histórias não é porque ela está a narrar algo que aconteceu há muito, não simplesmente a fazer-se de melodramática e a fingir que não consegue evitar ser horrível quando não o quer ser. Nunca li nada do John Green (sim, eu aqui nado contra a corrente, não esperem o contrário) mas se escrever com metade da habilidade do irmão, já tem alguma consideração minha. Vê-se o esforço em todas as páginas.

Hɪsᴛᴏ́ʀɪᴀ: Nunca li ficção científica e, honestamente, duvido que alguma vez o fizesse por opção consciente, mas isto parece-me a história perfeita para quem, como eu, não está habituado ou particularmente interessado no género. Isto pode retirar pontos ao livro para quem está submerso no género e é um grande fã, mas a obra, apesar de falar constantemente na anomalia que é o Carl e entrar para o seu lado extraterrestre várias vezes, consegue manter os temas sobrenaturais à superfície, e só mergulhar quando é preciso. Para me fazer entender melhor, as experiências de uma invasão (ainda que suave) estão todas lá, mas o livro foca-se mais no crescimento, ou falta dele, da April, dos à volta dela, na cultura da internet e nos efeitos que um acontecimento como vida alienígena pode ter na forma como a humanidade se relaciona. "Uma Coisa Absolutamente Incrível" acaba por ser mais filosófica e provocadora do pensamento do que uma aventura sobre aliens, porque os próprios aliens, há que admitir, limitam-se a existir como figuras cómicas que se maravilham à sua maneira com os humanos, sem estarem sequer conscientes dos problemas existenciais que criaram à espécie. O conteúdo agarra-nos do início ao fim, jogando com o ridículo e com a seriedade com mestria.

Pᴇʀsᴏɴᴀɢᴇɴs: Não há uma única personagem oca neste livro. Claro, com o número de páginas que tem, seria difícil não desenvolver as pessoas que as preenchem, mas dá mesmo a sensação que houve muita intencionalidade por trás delas. O caso de April é particularmente interessante, ela cresce e não cresce ao mesmo tempo. Como pessoa, a April tem muito a que se lhe apontar, tem muitas falhas, mas isto não é o caso normal da protagonista adoravelmente imperfeita que, por mais erros que cometa, apela ao nosso apoio, oh não. A April é praticamente insuportável, revela-se menos empática, madura, emocionalmente inteligente e mais irritante a cada página, dá mesmo vontade de abanar a miúda, com força. No início, ela ainda é alguém por quem queremos torcer, mas ao longo do livro, a internet e outros fatores puxam-na, cada vais mais, para um lugar onde as partes feias dela podem florescer. Há momentos no livro onde ela cede, parece começar a compreender, mas são breves, espaçados, e nunca sabemos se são realmente genuínos ou se houve uma outra motivação, mesmo que pequenina, a impulsionar essas atitudes. A transformação da April parece um ensaio sobre o poder corruptor da fama e da internet, onde se mostra que quando chegamos a um certo patamar de notoriedade, as pessoas deixam de reparar que somos feitos de carne e osso como elas, e passam a ver ouro e tudo o que é bonito em todos os nossos cantos. Então não, a April efetivamente não cresce no tempo que se passa o livro, mas ao mesmo tempo fá-lo, porque ao revelar que a sua pessoa presente não concorda com nenhuma das suas ações do passado que estão a ser relatadas, indica que houve algo que a acordou. É muitoooooo curioso. Com os outros personagens, vemo-los também a passar por uma metamorfose, sendo afetados pela espiral descendente de April. Há comentários subtis sobre a forma como a Miranda, que estava sempre certa e factual em relação a tudo, começa a duvidar e a colocar o benefício da dúvida em tudo o que afirma depois da April mexer com a sua cabeça. A Maya também se deixa moldar, apesar de reter um pouco mais de firmeza do que os outros (todos os factos sobre ela são perfeitos, já mencionei que ela é a minha favorita, quer dizer, misturar gatos, política e desenhos?! O grande google diz que Maya é um acrónimo para Mega Armadilha...de corações (sim, o Y e o A não estão lá, nem venham) Depois há o Andy, que vai de desengonçado, a assustado, a amargurado, a raivoso, a perdido e com mais dinheiro do que alguém alguma vez poderia precisar, mas sem o suficiente para lhe atribuir um propósito que o preencha. Por último há o Robin, que assumo que funcione como uma espécie de espelho da sua indústria e da pessoa em que April se está a tornar. Não sei, ele teve o percurso menos claro para mim, apesar de ser tudo a descer até à rua da miséria, não consigo bem dizer o que se passou com ele (mas ele é bonito como tudo e já disse que ele é o meu segundo favorito? ah pois, a culpa é tua Hank Green, agora vou retirar pontos ao teu livro porque não tive Robin suficiente para o poder entender...e raptar). Arruinar os personagens todos é algo fora da caixa, mas alguém mudar para pior continua a ser um desenvolvimento, e é de aplaudir quando isso é bem feito.

Rᴏᴍᴀɴᴄᴇ: Não é um livro particularmente romântico, claro, há relações, mas a April lança a sua bola demolidora contra todas elas. Ela é tóxica com a Maya, aproveita-se da Miranda e bolas, as investidas com o Robin nem dão frutos (deviam dar, alguém tem de conseguir seduzir o Robin). Não é o livro para vermos como é que as relações funcionam, é mais o oposto.

Iᴍᴇʀsᴀ̃ᴏ: Não consegui pousar o livro, fiquei três dias a ler até às três da manhã (hora em que a April encontrou o Carl, devo acreditar nas teorias da conspiração?) porque todos os capítulos terminam com alguma coisinha que encoraja a continuar a leitura, muito esperto Hank, muito esperto. O facto de todos os puzzles serem criados com uma inteligência imensa não ajudou, acreditei mesmo que os conseguia resolver antes das soluções serem reveladas e falhei sempre, mas foram das minhas partes favoritas do livro. Claro que ficam muitas questões em aberto no fim, acredito que isso seja intencional sendo que há uma sequela.

Iᴍᴘᴀᴄᴛᴏ: Li isto pela primeira vez há uns três anos (outra vez o três, Hank...) e não me lembrava de NADA, tirando o facto de também não ter entendido NADA na altura (outro exemplo do facto de que se conseguir ler a uma certa idade não significar que se deva ler). Foi uma viagem voltar ao livro com a memória limpinha e depois de o ler, posso dizer que não me vou esquecer dele tão cedo, as perguntas que o autor consegue levantar, em especial o impacto da internet e como é tão mais fácil mergulharmos neste mundo de admiradores que não estão fisicamente presentes em vez de trabalharmos nas relações à nossa volta...Wow. Vou repetir, muito esperto.

Cʟᴀssɪғɪᴄᴀᴄ̧ᴀ̃ᴏ Fɪɴᴀʟ:⭐⭐⭐⭐+ ½

Iᴅᴀᴅᴇ Aᴄᴏɴsᴇʟʜᴀᴅᴀ: 17 anos pelo menos. Há alguns palavrões espalhados pela obra, não muitos e não muito fortes mas para mim são sempre desagradáveis. Há alguns innuendos e passagens sobre intimidade, também rápidas, e umas duas ou três cenas descritivas de violência. O livro não se alonga demasiado nesses tópicos e eu sei que há gente muito mais nova que lê coisas mais pesadas (outra coisa que eu discordo veementemente, qual é a pressa em encher o cérebro de lixo?) mas o meu blog é o meu blog e eu não aconselho esse tipo de coisas a leitores muito novos e, quando poder, não as aconselho de todo. Mas mesmo assim, a razão principal para aconselhar este livro para pessoas com pelo menos 17 anos tem a ver com o nível de entendimento que é preciso para o ler, o autor enfia muitos tópicos revelantes no livro, e para retirar todas as conclusões que ele intencionou que retirássemos, é preciso alguma experiência e conhecimento.

Cᴏɴᴄʟᴜsᴀ̃ᴏ/Oᴘɪɴɪᴀ̃ᴏ Fɪɴᴀʟ: Este livro foi algo totalmente fora da minha zona de conforto literária, e valeu a pena. Preciso da sequela (e da mini história com mais tempo com o Robin que ouvi dizer que existe?!) o mais cedo possível, e vocês também mas, primeiro, leiam o primeiro volume. RECOMENDO. (Ah e se estão a estranhar as classificações tão altas nos livros que tenho falado não é por eu ser fácil de agradar, é porque estou a começar pelo que tenho na minha estante, e a maioria é fantástico)

Pᴀʀᴀ ᴏʙᴛᴇʀ: Uma Coisa Absolutamente Incrível, Hank Green - Livro - Bertrand

Assɪɴᴀᴅᴏ: Ƹ̵̡Ӝ̵̨̄Ʒ 𝐿𝓊𝓏 Ƹ̵̡Ӝ̵̨̄Ʒ


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10 years ago
Paper Towns :)

Paper Towns :) 

I liked the book 

The Hard cover one is in dutch ( my cousin send it to me ) & The other one paperback that I just bought .


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10 years ago

If you don't imagine, nothing ever happens at all.

John Green, Paper Towns


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3 years ago

i hope someone will love me the way john green loves whatever girl he loved in high school that he bases all of his love interests on


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6 years ago

Don’t you ever just want to run away from everything. People, Everyone. Just get into your car and never return. You the open road and a Guns N’ Roses Album blasting on the stero. I want to just up and leave the terrible town. Go to California and do crazy things. Stand on the top of the Empire State Building and pretend to howl like a wolf. Or maybe start a band in the back of a person house. John Green should write a book about my life.

-I need a biopic about my life


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