wolfrcge - Nate Hawthorne
Nate Hawthorne

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Leo Woodall As Dexter Mayhew One Day (2024), S01E01

Leo Woodall As Dexter Mayhew One Day (2024), S01E01
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1 year ago

com @dvrkbody | nerissa

em sua salinha no estúdio da aurora, os dias eram mais ou menos iguais. nate gostava de ter as mesmas (e confiáveis) companhias, além fazer as coisas de um certo jeito-- pois tirava o peso de tomar várias decisões por dia, e assim concentrar-se apenas em criar. era ali, sentado na poltrona de couro vinho, um pé apoiado no joelho que segurava a prancheta com seu rascunho, que se sentia mais em casa. "ei! rissa." chamou a atenção de nerissa, jogando um pedacinho esfarelado de borracha em sua direção. ela tinha sido uma de suas conexões mais espontâneas em arcanum. ambos eram artistas e se conectavam via momentos como aquele, conversando, ou mesmo em silêncio enquanto criavam juntos. nate não sabia quando ao certo isso tinha acontecido, mas ela sempre esteve ali em momentos cruciais. ele adorava desenhá-la, suas proporções e diversas feições. naquele dia, a luz indireta de um abajur iluminava a face de nerissa, ressaltando suas características "olha pra mim, tenho que acertar o contorno dos seus olhos." as íris claras miravam as dela, concentradas em cada detalhe. "seus olhos são bonitos. mas acho que já te disse isso antes."

Com @dvrkbody | Nerissa

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1 year ago
(homem Cis Ele/dele Bissexual) No Nenhuma Surpresa Ver NATHANIEL COLE HAWTHORNE Andando Pelas Ruas De
(homem Cis Ele/dele Bissexual) No Nenhuma Surpresa Ver NATHANIEL COLE HAWTHORNE Andando Pelas Ruas De

( homem cis •  ele/dele •  bissexual ) — Não é nenhuma surpresa ver NATHANIEL COLE HAWTHORNE andando pelas ruas de Arcanum, afinal, o LOBISOMEM SOLITÁRIO precisa ganhar dinheiro como ARTISTA PLÁSTICO NO ESTÚDIO DA AURORA. Mesmo não tendo me convidado para sua festa de VINTE E NOVE ANOS, ainda lhe acho LEAL e CRIATIVO, mas entendo quem lhe vê apenas como IMPETUOSO e EGOÍSTA. Vivendo na cidade HÁ CINCO ANOS, NATE cansa de ouvir que se parece com LEO WOODALL.

curiosidades

aniversário: 18/07

gostos: carnes, especiarias, chá gelado, arte, caminhadas, natureza, exercício físico, astronomia.

aversões: bebidas alcoólicas, conversa fiada, intromissão, frutas cítricas.

história

alpes e pradarias escorriam sob seus pés como água fluindo em um rio, antes de chegar a arcanum. nathaniel vivia em uma alcateia de quase vinte lobos errantes, verdadeiros nômades circulando o continente europeu. a liberdade tinha um gosto doce, dormir iluminado pela lua junto de sua família e amigos, vislumbrar paisagens estonteantes, o aconchego de poder tornar qualquer lugar a sua casa... até que um dia, sem aviso do destino, isso acabou. sua companheira sumiu enquanto percorriam o norte da alemanha. nate já tinha ouvido histórias sobre aquela região, sobre como era um potencial e macabro sumidouro, e ele sabia que a encontraria lá. 

a alcateia procurou johanna por muitos meses, até que a mais crua e triste verdade foi posta à mesa. parariam as buscas, e seguiriam em frente. um funeral sem corpo, uivos tristes e dolorosos assombraram vilarejos remotos durante alguns dias, e depois, cessaram.

mas não nate. seu coração estava despedaçado. o cheiro de johanna aparecia toda noite em forma de uma brisa suave, carregando-o para arcanum. e um dia ele a seguiu, confiante de conseguir encontrá-la. porém, ao se deparar com o final do rastro, nate encontrou apenas desespero. o cheiro sumiu imediatamente, e ele estava aprisionado. em forma de lobo, seus uivos não alcançavam seus companheiros do lado de fora.

um espírito livre aprisionado, foi fácil ceder aos vícios do corpo e mente. por muito tempo andava bêbado pelas ruas, brigando nos bares e por isso recebeu pelo menos duas juras de morte. mas, um dia, conheceu alguém que lhe deu um propósito para esse novo caminho que estava fadado a percorrer: o dono do estúdio da aurora. 

nate foi acolhido como um aprendiz e encontrou na arte um refúgio para todos os sentimentos ruins dentro de si, e também, proteção de outras criaturas mágicas. suas esculturas e pinturas são feitas quase sempre em preto, branco e vermelho, e são através delas que ele expressa sua liberdade. 

conexões requeridas

you got a friend in me: o muse foi o primeiro amigo de nate na cidade. nate nutre um carinho profundo pela pessoa que lhe acolheu quando ninguém mais quis, e gosta de passar o tempo com ela, seja para fazer atividades interessantes ou ficar à toa. é o primeiro contato na lista de nate. (1/1) @monnstrous (matilda)

musa inspiração: o muse frequenta bastante o estúdio, e tem gostos semelhantes aos de nate. não se sabe ao certo quando, mas essa pessoa se tornou alguém que nate adora pintar. sempre que está sem inspiração, chama o muse para lhe ajudar, e este lhe dá insights sobre suas obras. (1/1) @dvrkbody (nerissa)

inimigos, inimigos, inimigos! nate detesta o muse, e muse detesta nate. já brigaram em bares, na rua, na porta de casa, mas mesmo assim continuam a se esbarrar toda vez que saem na rua. cômico ou trágico, as ofensas e insultos sempre se escalam e beiram o ridículo. ambos nem sabem quando a rusga começou, mas concordam em um único ponto: está longe de acabar. (1/1) @fcnnick

lovers to enemies: sim. eles tiveram um romance. sim. eles também gostariam nunca ter se conhecido. muse e nate eram pombinhos, mas o negócio azedou... e agora muse detesta nate, e vice-versa. porém, ambos compartilham segredos e conhecem o outro como ninguém mais! intrigas, cobranças, chantagens... tudo é possível. (1/1) @cxrsedbythemoon

mais a adicionar!


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bio
1 year ago

nate não esperava ouvir uma opinião tão sincera assim. quando mallory lhe convidou a adentrar sua mente e compartilhou sobre a sua percepção acerca da obra, sentiu as sobrancelhas se arqueando conforme imaginava as possibilidades e fazia o paralelo entre o que ele próprio queria transmitir e o que ela havia captado. a estátua tinha mesmo um rosto bonito, esculpido de memória da vida que levava no passado. e deveria admitir que vê-la destruída assim seria… no mínimo catártico. soltou um assobio baixo com a frase de desfecho impactante sobre 'todo mundo querer ser um pouquinho arruinado lá no fundo' e voltou a concentrar-se na peça, a mão livre que não segurava o cigarro indo direto para o bolso da calça jeans suja de tinta, maquinando seus próximos passos. "uau. eu poderia perfeitamente imaginar isso tudo acontecendo. talvez com terra do cemitério… seria difícil de conseguir, mas não impossível." murmurava mais para si do que para ela. ao ouvir a pergunta sobre o próprio nome, o rapaz trocou o peso entre os pés, continuando com a pose casual. deu outra tragada no cigarro, soltando a fumaça para cima antes de responder, dessa vez olhando-a diretamente nos olhos, as íris claras brilhando com certa curiosidade e diversão. "nathaniel. na verdade nate. e você?" se ela juntasse os pontos, rapidamente descobriria que ele era o dono da peça, afinal, seu nome completo estava estampado como autor no palanque de mármore. "me diz então, como é que você gostaria de ser arruinada lá no fundo? isso daí me deixou bastante curioso."

Nate No Esperava Ouvir Uma Opinio To Sincera Assim. Quando Mallory Lhe Convidou A Adentrar Sua Mente
Deixou Escapar Uma Risada Genuna, Escutando Tudo O Que Era Dito Pelo Rapaz. "caralho, Voc Elevou O Meu

deixou escapar uma risada genuína, escutando tudo o que era dito pelo rapaz. "caralho, você elevou o meu 'achei uma merda' hein?" sentia-se leve, de certo modo. era sempre bom encontrar pessoas verdadeiramente expressivas, seja lá qual fosse o tipo de expressão. "o que eu acho é que está perfeito assim, sabia?" começou, olhando-o como se esperando permissão para continuar. "arte é subjetiva, blá blá blá, foda-se, é só um monte de material que ganhou forma e isso não é pra mim. mas, se eu fosse opinar mesmo, diria que o que me incomoda é exatamente o que me atrai: é bonito. bonito daquele jeito que não tem como errar." pessoal demais, talvez? não se importava se era esse o caso. "não fujo muito da sua ideia, inclusive. esse tipo de obra é pra você destruir e reconstruir exatamente como você quer. sem toda essa coisa calculada. deixar uma bagunça mesmo, sabe? pedaço por pedaço e tirar esse aspecto harmonioso que é dolorosamente comercial. mas, manter essa parte aqui, que deve ser o rosto. eu destruiria o corpo todo, mancharia de tinta, jogaria terra e aí, colocaria a cabeça impecável lá no topo. não está toda quebrada, ainda é bonita mas, desperta uma sensação de humanidade. porque todo mundo quer ser um pouquinho arruinado lá no fundo."

Deixou Escapar Uma Risada Genuna, Escutando Tudo O Que Era Dito Pelo Rapaz. "caralho, Voc Elevou O Meu

não percebeu como estava concentrada na obra em si até terminar o falatório, voltando sua atenção ao homem. "bom, pode até não ser pra mim, mas no fim sempre acabo me contradizendo. e pra você? acho que nunca perguntei seu nome, a propósito. você é...?"

Deixou Escapar Uma Risada Genuna, Escutando Tudo O Que Era Dito Pelo Rapaz. "caralho, Voc Elevou O Meu

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1 year ago

o círculo de amizades de nathaniel era bem restrito. contava em menos de duas mãos as pessoas que já pisaram naquela salinha onde expunha de maneira crua sua essência, durante os cinco anos em que estava na cidade. para os outros, os que não o conheciam muito bem, nate poderia parecer uma pessoa tranquila (e de fato era, na maioria do tempo). mas seu espírito criativo e intenso que transparecia suas criações, e em momentos como aquele, em que o lobisomem se perdia e entremeava com a obra tão profundamente que abria mão do próprio ego, também eram parte de sua personalidade. e uma grande parte. nathaniel tinha esse problema: quando estava feliz, estava sempre muito feliz, eufórico e criativo. quando triste, muito triste, quase desolado. o modificador de intensidade sempre aumentado exagerava os sentimentos bons, e também os sentimentos ruins de desespero, raiva, isolamento. o fato de nate ser um lobisomem não ajudava, é claro. mas com o passar dos anos tinha aprendido a controlar grande parte dessa impetuosidade com a ajuda de arte, e de amigos como nero. ele e nero tinham se conhecido de uma maneira um tanto quanto estranha, e desde pouco tempo depois disso, nutria uma elevada estima pelo outro. traços da personalidade de nero lembravam nate de seu irmão mais velho, elias, e talvez por isso nathaniel tivesse se aberto tão facilmente para ele. ouvir as primeiras palavras acerca de sua obra fizeram os ombros desabarem e uma lufada de ar sair pela boca, precipitando o alívio que estava por vir. era como se alguém tivesse o puxado de uma piscina, após minutos imerso. piscava os olhos cansados, ainda passando as mãos pelos fios de cabelo desgrenhados. sentia a cada frase, a realidade voltar a tomar conta de si, dando passos curtos ao redor da escultura para poder absorver a informação. balançava a cabeça concordando de um jeito menos frenético para as afirmações acerca do nariz. "eu quero manter os detalhes." às vezes, era importante ter a opinião de alguém que pudesse olhar sem o viés temporal. até porque ouvir a percepção de outra pessoa poderia fazer com que nate ressonasse com a própria e decidisse com confiança qual rumo tomar. cada peça que fazia carregava um pedaço de si, real misturando-se com fantasia, todos ecos de sua persona. "os detalhes são importantes, porque esse peso..." gesticulava para a expressão da estátua. "esses sentimentos condensados são importantes. tanto para as obras sequenciais que vão aparecer com essa, mas é esse impacto que eu quero causar. eu quero que quem olhe para cá consiga ver a si próprio em suas emoções." agora, ele olhava para nero. o brilho nos olhos voltando apesar ligeiramente ofuscado pelo cansaço, mas ainda assim iluminando com entusiasmo criativo as palavras. coçou mais uma vez a cabeça com força, aceitando com certa relutância afastar-se da criação, finalmente deixando um sorriso colorir os lábios. ficava orgulhoso do próprio trabalho quando recebia um elogio daqueles, sentia o peito inflar-se pois estimava muito a opinião do amigo. "uau. você sempre sabe exatamente o que dizer. e eu sei que posso confiar no que você me diz. sabe, quando eu tô criando fico muito preso no sentimento, e não na explicação do que eu tô sentindo. então é como se você fosse um tradutor disso tudo." soltou uma risadinha ao ouvir o próprio estômago roncar de um jeito nada discreto, corroborando com a menção de nero sobre suas necessidades básicas. "certo. vamos subir então, vou tomar um banho rápido e te ajudo a cozinhar--não posso morrer envenenado ainda, tenho cinco projetos para finalizar até o semestre que vem." pegou as sacolas de ingredientes e começou a fazer o caminho até o apartamento que ficava em cima do estúdio, abrindo logo a porta para entrarem.

O Crculo De Amizades De Nathaniel Era Bem Restrito. Contava Em Menos De Duas Mos As Pessoas Que J Pisaram
Nero Entrou No Estdio Com Passos Silenciosos, Observando De Imediato O Estado Catico Em Que Nathaniel

Nero entrou no estúdio com passos silenciosos, observando de imediato o estado caótico em que Nathaniel se encontrava. Não era a primeira vez que o via em tal frenesi criativo, e, sinceramente, ele até gostava disso — o caos criativo tinha sua própria beleza. De maneiras misteriosas Nero havia se tornado amigo do lobisomem, e o mais interessante desse contato era que ele acreditava que Mammon era humano, e ele nunca levantou nenhuma objeção quanto a isso, o deixando permanecer com essa crença. Jamais havia sido tratado como algo diferente do que era, e aquela era uma experiência que iniciou com receio de sua parte, como se estivesse traindo algo, mas logo foi esquecido. Sabia que um dia Nate iria acabar descobrindo a verdade e temia que ele passasse a vê-lo de forma diferente, principalmente quando ali entre aquelas paredes manchadas de tinta tinha uma liberdade tão grande para somente... ser. Sem expectativas, sem pré-conceitos sem... nada. Era Nero, e não precisava ser mais nada além disso.

O demônio deixou que Nate o colocasse na posição desejada, os olhos de Nero percorrendo a escultura como se estivesse avaliando uma peça em um leilão. Ele absorveu o ambiente por um momento, depois olhou para o amigo com um leve arqueamento de sobrancelha, os lábios formando um esboço de sorriso. “Calma, respira. Você está a três segundos de começar a arrancar os cabelos.” E o esboço tornou-se um sorriso ladino, enquanto o olhar crítico se voltava para a peça diante de si. Era incrível como nunca deixaria de ficar admirado com o trabalho minucioso do amigo. Sempre tinha uma expressão emocional tão crua e pungente que era capaz de induzir a uma gama de sentimentos diferentes cada vez que olhava mais. “... Isso tá incrível.” Pontuou de imediato, deixando seus olhos beberem da visão.

“A peça parece evocar memórias profundas, e os olhos dele parecem ser capazes de olhar para sua alma, e é como se fizesse você sentir o peso do seu passado. Ao mesmo tempo, tem algum tipo de intimidade, de dor compartilhada, cumplicidade de quem já passou pelo mesmo, e isso deixa a sensação de não ter segredos para esses olhos, aprofundando mais a percepção de que sua alma está sendo disposta em uma bandeja para ser observada. A forma como você conseguiu traduzir um sentimento soturno com esses tons escuros, ao mesmo tempo que evoca uma emoção como se ele quisesse gritar ou transbordar todos esses sentimentos que o consomem.” Nero se aproximou da escultura, olhando ainda mais de perto, deixando os ingredientes que trouxera sobre uma bancada próxima.

“O nariz não está torto. Você está tão imerso que as formas estão se distorcendo na sua cabeça. Já faz dias que está aqui, então isso é normal.” Ele deu um passo para trás, o olhar afiado analisando o restante da obra. "Quanto à tinta vermelha... bem, isso depende. Se quiser algo dramático, que grite, faça. Mas, se o objetivo é preservar os detalhes, esquece essa ideia. Vai acabar sacrificando o que torna isso interessante. Do jeito que está posso ser capaz de ver essas emoções em ebulição traduzidas também no corpo, pela linguagem que expressa, e a força é tão espantosa que me faz querer recuar e me certificar de que minha alma está vestindo roupas.” Gracejou dando uma risada baixa, antes de olhar de lado para o loiro. “Entretanto, se você jogar o vermelho, pode dar uma sensação de que ele está sangrando, uma sensação de horror e choque diante de algo que aconteceu, evocando a essência de que a escultura está olhando para seu algoz, perscrutando seus crimes e chocado de horror. Serão duas linhas tênues, então precisará escolher suas batalhas” O olhou cúmplice, antes de dar uma última olhada e se virar de vez para Nathaniel com um sorriso enviesado.

"Honestamente? Está quase lá. Mas talvez, só talvez, o problema não seja a escultura... e sim você tentando aprimorar agora que já é incrível." Ele deu um tapinha no ombro do artista, como se o incentivasse a se soltar. “Talvez o que você precise seja um pouco de distância, e não mais tinta, para que tenha um olhar mais claro. Além de um banho quente pra relaxar depois de tanto tempo focado em produzir. Porque não dá uma pausa por hoje e faz isso, enquanto tento cozinhar algo que potencialmente irá nos envenenar até a morte?”

Nero Entrou No Estdio Com Passos Silenciosos, Observando De Imediato O Estado Catico Em Que Nathaniel

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1 year ago

com @thcbakerboy

nate tinha se tornado um rapaz previsível. previsível até demais. seus dias de folga se resumiam a passar tempo em alguns poucos lugares na cidade de arcanum. apesar de outrora reverenciar a liberdade, aquela prisão tinha lhe revirado de dentro para fora e remexido suas vontades. não havia sobrado interesse algum em perambular por aí, então, para a sua sanidade mental, ele seguia uma rotina estrita. com seu caderno de esboços debaixo do braço e um jogo de canetas no bolso da calça jeans, fazia seu caminho até o bule encantado, assobiando baixinho uma música. lá, geralmente sentava-se em um lugar estratégico, para poder observar de perto leon. às vezes, nathaniel gostava de desenhá-lo em segredo enquanto o via trabalhar (já deveria ter dúzias desses desenhos). em outras, desenvolvia em silêncio rascunhos para as futuras exposições. fato era que leon tinha um jeito muito aprazível, e suas conversas eram sempre interessantes. ali, sentia-se menos descolado da realidade e até menos triste-- por vezes, quando ia embora, estava mais leve e tranquilo. nate sabia que não era o chá gelado do bule encantado que tanto lhe atraía a passar incontáveis horas ali, e ver leon trazendo seu pedido costumaz antes mesmo de fazê-lo, reforçava a ideia na sua cabeça. "caramba. eu acho que nunca pedi outra coisa, né? pra você saber o que eu quero logo de cara."

Com @thcbakerboy

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