Metforas - Tumblr Posts
Necessito da pintura, clamo pela escrita, anseio pela música, anseio pela poesia. Preciso da arte em todas as suas formas, pois é assim que possuo tudo, mesmo sem possuir nada.
Parte de mim deseja ver o nascer do sol, enquanto a outra parte anseia pelo pôr do sol.
Você chegou e se encantou por mim porque eu era a lua. Ao me tocar, fui envolvido(a) pela luz das estrelas, e então você decidiu que preferia o brilho do sol.
Eu construí um lar para você no meu coração, agora está silencioso, empoeirado e esquecido.
Carrego dentro de mim um inverno iluminado, um sol chuvoso e uma noite que parece dia.
É curioso; sou o encontro entre as palavras ser e dispersar.
Sou o vento que sopra, o tremor que sacode a terra, a sinfonia que chega aos ouvidos, e tudo o que penso que sou. Acima de tudo, ainda sou um mistério para mim mesmo(a).
Sinto-me velho(a), como se tivesse vivido tempo demais. E agora, sou apenas restos de brasas apagadas, o vento que passou, a vida que se esvaiu.
Sou cacos de garrafas quebradas e poças cheias de água, a gota da chuva que cai e a gota da lágrima que chora. Sou o começo esperando pelo fim.
O que resta de mim são memórias de uma floresta vasta e silenciosa, uma chuva pequena e barulhenta, e uma noite longa e serena.
Eu olho nos seus olhos, mas eles estão fechados, procuro pelo seu coração, mas ele está frio, chamo por você, mas você não tem um nome. Então, busco por mim mesma, mas eu já me perdi.
Num súbito desvanecer, tornou-se tudo que ansiava ser, um vestígio apagado de uma existência não mais notória.
Eu clamo por algo que não tem ouvidos, chamo pelos que não têm nome e sinto pelos que não têm coração.
Vestígios
Eu não existo, mas ainda não parti. Sou resquícios de uma peça inacabada, a chuva que não se aquietou, a música que continua a tocar, a pintura que permanece inacabada. Não estou vazio, mas tampouco estou inteiro.
Eu sou a corrente que me prende de mim mesma; o abismo que se espalha em imensos buracos no meu coração.
Foi culpa sua voltar ou minha por ter deixado a porta aberta?
Se você aceita a rosa, sabendo dos seus espinhos, também aceitaria meu coração, mesmo em pedacinhos?
Quero alguém que me admire com a mesma intensidade com que admira a lua e as estrelas.
Apesar de escrever tanto, minhas palavras acabam em um vazio de ecos.
As conversas nas madrugadas carregam um toque reconfortante de chuva leve, seguida da promessa de um arco-íris.