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Para A Histria De Tiny, Uma Risada Que Comeou A Reverberar Quando No Meio Do Conto. Nate Sentiu O Divertimento
para a história de tiny, uma risada que começou a reverberar quando no meio do conto. nate sentiu o divertimento subindo pelo peito, até ecoar para fora da boca em uma boa gargalhada. podia imaginar a cena bem até demais: a esquadria da porta, as roupas claramente dois números menores. os olhares atônitos. os vampiros assustados. ah... a companhia de tiny era sempre um deleite. "putamerda." tragou seu cigarro, olhando para a frente ao deixar-se levar pela imaginação. "eles devem ter tomado um susto do caralho, posso imaginar. eu queria ter estado lá, acompanhando você em ação. deve ter sido um espetáculo daqueles, bem sangrento. mas me fala, se renderam após presenciarem a sua magnificência..?" nate riu de novo, balançando a cabeça de um lado para o outro, enquanto o assunto tomava um rumo mais... delicado. "é... não. não é saúde. quer dizer, é saúde também. depois do fiasco da celine, não tive muito mais coragem pra sair com ninguém. eu quase morri, pelo amor de deus! fiquei com medo de cruzar caminho com algum ser mais maligno. quer dizer, tive um ou outro encontro que não evoluiu... porque eu também não quis. e aí comecei a andar com uma certa... fae." repuxou o lábio inferior, mostrando ligeiramente os dentes. "era só amizade, mas não acabou bem. ela botou fogo nos meus quadros." nate coçou o pescoço, lembrando-se da cena horrível. "quer dizer, eu não fui nenhum santo, tiny, mas ela queimou um ano de trabalho duro! qual é! e ainda me chamou de cachorro, você sabe como eu detesto isso. eu sou um lobo, caralho. não um poodle." tragou outra vez do seu cigarro, agora diminuindo ainda mais no humor. olhava para tiny tendo a plena consciência de que poderia ajudá-lo apenas pela metade. mas uma metade ainda era melhor do que nada. "não. outras alcateias, não. não sei como funcionaria, ou se funcionaria, mas deveríamos nos ajudar, tiny. nós dois não teríamos sozinhos forças pra criar uma alcateia, mas podemos firmar algum tipo de pacto. de compromisso." os olhos claros de nate estavam cheios de determinação e coragem. "isso diminuiria a ação da lua cheia, e ficaríamos mais fortes. com a chegada de lúcifer, não dá pra saber o que vai acontecer depois." suspirou, mas ainda não falava disso. "quando eu disse querer mais, queria dizer mais do mundo, sabe? a ideia de viver aqui pra sempre me assusta."


Pior erro que qualquer alma poderia cometer é inflar o ego do híbrido com um pedido de história. Detalhes de que tinha sido aquela a influenciar passando longe, assim como a animada expectativa de começar a falar. "Amsterdã. Três horas da tarde. Uma chuva fina caindo no céu fechado, pessoas andando rápido para as casas com luzes fortes..." A voz de locutor de rádio, de audiobook de dark romance, combinado com a mão erguida para o horizonte lentamente se movendo. Ah, era demais. Ele fez um som de deixar pra lá com os lábios. "Cinco vampiros cheio de marra prenderam dois lobisomens da minha alcateia. Amigos meus, quase irmãos, sabe? Eles estavam sendo torturados e falando de mim. Tiny vai aparecer. Tiny isso, Tiny aquilo, e os vampiros dobrando de rir. Que medo alguém chamado Tiny pode provocar? Segui o rastro, cheguei no covil e a porcaria da entrada era minúscula. Eu tive que entrar de ladinho e o lance, a esquadria da porta, veio junto. Você tinha que ter visto a cara deles quando eu me transformei." Se já era grande como humana, a forma lupina massiva tinha terminado de reduzir o espaço para níveis claustrofóbicos. Todos os importantes se salvaram, como disse Tiny mais tarde, e com diferentes estados de sujeira pela forma como abateram os vampiros. O híbrido revirou os olhos, deixando-os cair no rosto do amigo. "Desde que meu uniforme virou uma camisa branca, sim." Reconheceu a escolha como tendenciosa, bem elaborada. Seu temperamento mais ameno treinado naquelas pequenas interações, forçando-se a assumir um ar mais casual para melhor explorar aquela prisão encantada. "Por quê? Sabe que é como andar de bicicleta, você nunca esquece. É alguma coisa de saúde? A recuperação lupina não tá dando conta? Sabe que os médicos são bem discretos quanto a isso, certo?" Ele tinha algumas suspeitas do que poderia ser, mas não provocaria além disso. Se quisesse dizer, ele estaria pronto para ouvir sem um pingo de julgamento. Pronto, até, para colocar certos nomes na fogueira em nome do companheirismo (te amo, celine). "Ei, rapaz, meus parabéns! Deve acabar com os neurônios de um escrever coisas desse tipo. Vai me contar sobre o que é ou vou precisar esperar por um momento certo? Quando estiver pronta?" O assunto da bebida deixou o semblante carrancudo de novo. Não por não gosta, mas por estar muito feliz com a notícia. E para não ser taxado do mesmo jeito 'chato' fingiu que era mais uma coisa corriqueira, falação sobre o clima e afins. "Eu tenho quase 40 anos, três décadas só como lobisomem. Não costumo ter esse tipo de problema. Mas... É complicado. Não... Não ceder ao outro lado." Colocou o cigarro entre os dedos antes de esfregar o inferior com o indicador. O sangue vampiro, a sede incontrolável, colocava aquele controle de monge num estado delicado. Seu silêncio dizia muito, ainda mais para Nate que tinha visto no seu pior estado: lobo destroçando a presa e bebendo do sangue. "O que quer dizer?" A franqueza nas perguntas, sua marca registrada sem rodeios, partia de um lugar sincero. Genuinamente curiosos. Ele tinha pouco tempo em Arcanum, pouca familiaridade com tantos rastros e presenças sobrenaturais. Ainda estava mais confuso do que 'rejeitado', como ele parecia sentir. "Está falando das outras alcateias?"

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is your muse opposed to violence?
não. na verdade, nathaniel não é nem um pouco contrario à violência. pela causa certa ele não se importa de derramar sangue, principalmente por seus amigos. quando chegou a arcanum era uma das únicas formas de se resolver as coisas e conquistar seu espaço: com as próprias mãos. apesar disso, presentemente é mais pacífico, mesmo sendo alguém temperamental. ele tem evitado situações de muito conflito perto da lua cheia.
com @thcbakerboy
nate estava bastante feliz: leon tinha aceitado seu convite para saírem juntos (ainda que tivesse suas dúvidas sobre o entendimento do outro a respeito dos seus reais motivos), e o dia tinha finalmente chegado. o hawthorne estava cheio de expectativas, afinal, não ia a um encontro fazia bastante tempo. não era como se saísse o suficiente para conhecer novas pessoas, ou se quisesse, também. após o fiasco de seu último relacionamento, resolveu não se aventurar no amor por alguns anos, mas sentia que a hora tinha chegado de tentar mais uma vez. nate saiu de casa com um tempo de sobra para que pudesse caminhar até onde tinham combinado de se encontrar, na praça da neblina. acabou chegando cedo demais e tendo que esperar, mas não se importava de tal, seria bom para acalmar seus nervos e praticar em sua mente como cumprimentaria leon. aperto de mão? amigável demais. beijo no rosto? previsível demais. talvez ele não gostasse do contato. era engraçado ter esses pensamentos adolescentes de novo. fosse outra época, se sentiria mais confiante e menos neurótico. cogitou acender um cigarro, mas abandonou a ideia, visto que leon se incomodava um pouco com o cheiro. mas sabia que não conseguiria se segurar para sempre. então, resolveu começar a desenhar as decorações que tomavam conta da praça, até leon aparecer em seu campo de visão. o hawthorne se levantou do banquinho que sentava, um sorriso verdadeiramente animado no rosto e se aproximou para um... abraço? é, um breve abraço, meio desajeitado. "oi, leon! como foi a sua semana?" guardou o caderninho de rascunhos na bolsa que carregava e jogou-a por cima do ombro, transversalmente. "e aí, pronto pra uma diversão temática?"

com @ofdelusionals (ophelia)
evento: feira de doces encantados
nate gostava muito da companhia de ophelia. toda vez que ela vinha visitar seu estúdio, apresentava um insight legal e otimista sobre as suas obras, uma que ele em toda sua loucura não conseguia perceber. era uma leveza que faltava em muitos habitantes de arcanum (e nele próprio, muitas vezes), que deixava a convivência melhor e mais harmoniosa: uma raridade, e ele a reconhecia por isso. mesmo em meio a tanto caos, ela se mantinha tranquila e autêntica. naquele dia, o hawthorne caminhava pela feira de doces, procurando alguma coisa diferente para experimentar, quando viu a sua figura escolhendo algo de uma barraquinha. feliz pelo encontro, caminhou até ela, dando um leve cutucão no alto de seus ombros para avisar de sua presença. "ophelia, oi!" e se colocou ao lado dela, com um sorriso que mostrava os dentes. "que bom te encontrar por aqui. quer dar uma volta comigo--- se não tiver muito ocupada, é claro. não quero atrapalhar."

com @dvrkbody (nerissa)
evento: forjando as lanternas das almas
"esse ano eu vou ganhar, grimrose." nathaniel cantarolou enquanto caminhava ao redor de nerissa, carregando sua peça de vidro para se sentar na bancada da oficina. ele não era um bruxo ou uma fada, então tinha seus próprios meios de decorar as lanternas. com um bico nos lábios, abriu um bolso secreto de sua jaqueta, sentindo-se muito sagaz ao retirar os materiais de pintura. "minha lanterna vai com certeza ficar mais bonita que a sua, e com o brilho melhor também. acho que a minha energia vai emanar um tom púrpura. ou vinho. bem bonito, dentro do tema. com certeza vai me dar pontos." uma sobrancelha arqueada dava mais humor ao tom brincalhão do lobisomem, que àquela altura já estava se divertindo. era bom passar o tempo com ela--- nate se sentia muito mais leve, desinibido, e jovem. era verdade que o evento de forja das lanternas não era uma competição, mas todos os anos desde que ele começara a entrar no clima para o halloween, apostava com a amiga para ver quem criava uma lanterna melhor. "vamos lá, dá seu preço pra esse ano. dinheiro ou... travessuras?" completou com um sorriso na voz. "mas precisamos de um jurado imparcial dessa vez. não conta se você conhecer."

algo sobre os lobisomens que era quase inevitável dentre todos da espécie era o temperamento difícil, volátil, impetuoso. por mais que alguns fossem calmos na maioria do tempo, geralmente ao falarem sobre coisas que traziam para a superfície emoções intensas, acabavam extravasando a linha das palavras, ideias, e se transformando em ações. era o caso de nate. tragou novamente o cigarro, apertando o topo do nariz. "johanna tentou fugir. e olha só onde isso levou ela." mascava a parte interna da bochecha, ouvindo o restante da argumentação de bea, mas a coxa impaciente revelava que não estava gostando do rumo da conversa. nate inspirou profundamente, e resolveu deitar-se na grama, deixando em aberto o convite para que ela fizesse o mesmo. por um instante concentrou-se nas leves cócegas na área da nuca que ação lhe propiciava, e quando abriu os olhos de novo, olhava para o céu. sentia-se ligeiramente culpado por estar agindo feito uma criança, mas era difícil lidar com os próprios sentimentos, ainda mais sob a influência da lua. "minha família é bem antiga... somos muito unidos, em todo sentido da palavra." era doído falar sobre aquilo, mas era necessário, para que ela entendesse o quão destruído por dentro ele estava. "nós corremos juntos. caçamos juntos. dormimos juntos. comemos juntos. agradecemos juntos. aprendemos sobre a natureza, sobre as espécies... até sobre os humanos. temos registros de mais de quinhentos anos do nosso nome. e ninguém... ninguém até hoje saiu do nosso pacto. ninguém quebrou na nossa linhagem. ainda que eu não esteja ligado a uma alcateia agora, sinto que não posso me comprometer. ficaria desolado." finalizou, logo replicando sobre as queimadas. "esse cara só veio pra foder as coisas. os vampiros tão me enchendo o saco ultimamente, e sério, eu vou acabar mordendo o pescoço de algum. parece que todos nós estamos ficando loucos. tô esperando o tio miguel dar um jeito nas coisas, mas sabe-se lá onde ele se enfiou. nunca fui muito antenado na política, mas... acho que agora não temos mais escapatória a não ser declararmos um lado." suspirou. "às vezes dá vontade de construir uma cabaninha aqui no meio da floresta e me mudar."


beatrice se arrependeu imediatamente das palavras duras proferidas a nathaniel, especialmente considerando que os acontecimentos recentes em arcanum não estavam sendo fáceis para ninguém, e ela imaginava como se tornava ainda mais complicado para um lobo solitário. ainda assim, achava que lidar com as coisas em conjunto era a melhor alternativa, talvez por já estar acostumada a lidar com suas transformações conturbadas com a ajuda da alcateia. e, de certa forma, ela realmente se preocupava com nathaniel, por mais insensível que parecesse em certos momentos. “se você recusa minha proposta por não ter nascido em arcanum, posso te garantir que isso é uma grande besteira.” começou dizendo, cruzando os braços sobre o peito. “também não nasci aqui, mas se tornou meu lugar, de alguma maneira. e não temos para onde correr, mas você pode tentar fugir.”
direcionou seu olhar a ele, estendendo a mão para pegar o maço de cigarros. retirou do bolso o isqueiro que carregava para todo lugar; um vício que ela não sabia quando iria abrir mão. ou se realmente iria. “você não está traindo seus irmãos, nate. talvez, eles não queiram que você fique sozinho.” ela sabia que estava pisando em um terreno perigoso demais, que talvez fosse tocar onde doía, e sabia que era melhor não insistir naquele tópico. era desconfortável por si só, por mais que ele tentasse disfarçar. “foi mal.” disse, enquanto tragava. soltou um longo suspiro, sentindo um grande peso sobre seus ombros. “você ficou sabendo das queimadas? começou na alder grove, se espalhou pela floresta e agora estamos tentando achar um jeito de lidar com tudo.” era nítido o pesar em suas palavras. “alguns lobisomens estão se descontrolando. época de lua-cheia nunca é fácil para ninguém, mas vem se tornando pior com a chegada do tinhoso. estamos segurando as pontas antes que as coisas piorem.”
