wolfrcge - Nate Hawthorne
Nate Hawthorne

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Com @dcvilizh

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uma das preocupações recorrentes de nathaniel era a respeito de sua antiga alcateia chefiada por elias, seu irmão mais velho. às vezes, à noite, quando a cidade dava tréguas e ficava silenciosa, nate sentava no terraço do estúdio e fechava os olhos. jurava poder ouvi-los uivando dolorosamente em distância. poderia ser sua imaginação (e provavelmente era), mas o tormento de pensar que eles não tinham seguido em frente, e mais alguém de seu bando poderia estar na iminência de se tornar prisioneiro daquela cidade era devastador. ele tinha que saber. ele precisava saber mais. e até então, suas possibilidades de conseguir qualquer informação do mundo exterior eram nulas. isso mudou após conhecer anthony e o oitavo pecado, ouvindo por conexões coisas interessantes, fazendo uma chama há muito apagada se acendeu no peito do lobisomem. ele nunca tinha perdido a esperança de sair de arcanum: essa vontade esteve apenas dormente, amolecida por anos de bebedeira e outros mais de trabalho intenso. e foi com uma quantidade ridícula de dinheiro que nate entrou no clube, tomando cuidado para passar despercebido e evitar rostos conhecidos, afinal, estava conduzindo uma atividade ilegal. passando por corredores de salinhas fechadas após várias inspeções, nate finalmente se viu cara a cara com anthony. seu peito batia acelerado em antecipação e tudo em seus olhos entregava o quão expectante ele estava, desde o brilho de lágrimas que ameaçavam cair às pupilas contraídas. anthony tinha notícias para lhe dar? como estava elias? e sua irmã mais nova, emma? seu lábio inferior quase tremia no êxtase da possibilidade remota de ter um pedaço lá de fora. ainda que completamente teórico. "e então?" foi o que conseguiu perguntar.

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1 year ago

o nome pronunciado fez nathaniel arquear as sobrancelhas em genuína surpresa. estando no mundo da arte, léonie era uma pessoa quase impossível de não se conhecer. finalmente dar um rosto ao nome era uma sensação agradável que se assemelhava a lembrar-se de uma palavra que tinha se esquecido. "é um prazer. já ouvi muito sobre você." comentou de uma maneira casual. o hawthorne gostava daquela rispidez que léonie exalava, que em sua mente beirava a uma comicidade caricata. coçou o queixo após dar uma longa tragada em seu cigarro para responder a pergunta. "não diria que sempre..." começou a falar. "acaba sendo uma coincidência. não costumo a ficar muito longe daquela salinha onde trabalho. mas como tô terminando minha última peça, tenho um pouco de tempo pra andar por aí e ouvir o que as pessoas estão achando. não é sempre que esbarro em um especialista." explicou, divertido. "e você? o que te traz a esse 'péssimo lugar?' imagino que não esteja aqui a passeio."

O Nome Pronunciado Fez Nathaniel Arquear As Sobrancelhas Em Genuna Surpresa. Estando No Mundo Da Arte,
 LO BALANA A CABEA, DANDO MAIS Uma Tragada Enquanto Seus Olhos Voltavam Para A Obra. Podia Concordar

LÉO BALANÇA A CABEÇA, DANDO MAIS uma tragada enquanto seus olhos voltavam para a obra. podia concordar com as palavras do rapaz, ter conquistado poder naquela cidade lhe dava uma sensação muito maior de segurança, mesmo naqueles tempos de mudanças, mas não tinha perdido o medo do escuro, as dúvidas que passavam em sua cabeça sobre o amanhã. percebeu no momento em que a mente do rapaz deixou a conversa deles para ir à um lugar que só ele poderia alcançar. ❝ uma história para outra hora, tenho certeza. ❞ odiava ver alguém demonstrando emoção, definitivamente não iria querer dar qualquer abertura para que falassem de algo que envolvesse real vulnerabilidade. ao ouvir o que ele disse em seguida, olhou para ele com surpresa. ❝ léonie de montchalin. eu faço a curadoria da galeria dos sussurros. ❞ falou de forma distraída, dando um sorriso logo depois. ❝ você sempre recebe feedback assim? a propósito, que péssimo lugar para expor sua arte. ❞

 LO BALANA A CABEA, DANDO MAIS Uma Tragada Enquanto Seus Olhos Voltavam Para A Obra. Podia Concordar

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1 year ago

com @mentalsvault (lorcán)

nate tinha tomado aquela decisão anos atrás, a de não pertencer mais a nenhuma alcateia. ele pensava que seu coração não suportaria desvencilhar-se de seu antigo bando, e por isso resolveu continuar o caminho só. o rapaz era um lobisomem por fatores hereditários, e praticamente toda sua estrutura familiar crescendo orbitava em torno desta questão: ele e seus irmãos foram ensinados desde pequenos a se controlar com intensos e rigorosos treinos para amenizar os efeitos que a lua cheia tinha sobre seus corpos e mentes. após chegar em arcanum, porém, seus treinos foram colocados em cheque. lua após lua pelos últimos cinco anos sentia sua força de vontade estremecer. até então tinha sido suportável---até a chegada de lúcifer e toda a bagunça que a situação causava por si só nos ânimos de todos. não gostava de admitir, se envolver, ou pensar no que aquilo poderia significar, mas sabia que quando a cidade estava mais quieta, era mais fácil de sobreviver às suas fraquezas. mas não naquela noite. ele podia jurar que tinha algo em sua visão, porque mesmo que passasse o dedo nos olhos sentia que ela estava embaçada. o coração disparado no peito e os sentidos de audição e faro de repente eram demais, sobrecarregados pelo barulho de passos dos pedestres que andavam para lá e para cá. podia ouvir o pulso em seus ouvidos quando agarrou o próprio peito, as palmas suando frio, e sentiu que seria engolido pela metamorfose. escorando-se na parede para tentar controlar seus pensamentos e emoções, não ouviu que alguém se aproximava e num supetão o puxava para uma rua paralela, escura, e aparentemente vazia. a única coisa que lhe impediu de se transformar e morder o pescoço alheio foi a voz de lorcán. após se acalmar, desvencilhou-se do outro e sentou-se no meio fio, enterrando o rosto nas mãos, completamente cansado. "...eu ia conseguir me segurar sozinho." mentira. "você não precisava me ajudar." mentira, de novo. após um longo minuto de silêncio, nate finalmente agradeceu. "obrigado, lorcán. eu poderia ter machucado alguém."

Com @mentalsvault (lorcn)

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1 year ago

nate deixou-se ser acertado pela bolinha de papel e riu, antes de voltar a concentração para o desenho que fazia. os olhos dele eram rápidos, iam e voltavam dos de nerissa enquanto pequenas expressões de concentração se formavam junto às sobrancelhas. os riscos no papel se convergiam na feérica reproduzindo sua bela imagem. mas nate sempre queria mais quando o assunto era arte--- queria sentir estar olhando para nerissa e não para uma imagem de nerissa. queria conseguir reproduzir o quão bonitos seus olhos realmente eram. "vou ter que pagar seu jantar todos os dias?" perguntou em tom de brincadeira, sem quebrar o intenso contato visual, vez ou outra conversando baixinho consigo mesmo. estava tão acostumado a desenhá-la que a atividade se tornara um forte exercício para sair de qualquer bloqueio criativo. cada vez mais aperfeiçoava seus traços e contornos, reproduzindo toda marca e fio de cabelo. era um modo de entrar em sua zona criativa e sentir-se feliz com o que estava desenhando. "quando eu conseguir expor algo que não seja extremamente perturbador e me dê sonhos estranhos por mais de uma semana, com certeza vou expor você." comentou, antes de se levantar e caminhar até ela, dobrando os joelhos para ficar na altura de seus olhos. "não sei se você notou, mas as pessoas dessa cidade têm o gosto meio subvertido. e isso, é claro, inclui a nós dois." o olhar era acompanhado de uma dose de brincadeira, e nate repousou a prancheta na mesinha que comumente colocava sua paleta de pintura ou formões de escultura, mas que no momento se encontrava vazia. "com licença." informou, antes de levar a mão até o rosto de nerissa e retirar uma mecha de cabelo da frente dos olhos. aproveitou o movimento para segurar seu queixo e incliná-lo mais um pouco. "perfeito."

Nate Deixou-se Ser Acertado Pela Bolinha De Papel E Riu, Antes De Voltar A Concentrao Para O Desenho
Nerissa No Costumava Visitar O Estdio Da Aurora Com Certa Frequncia; Era Verdade Que Havia Conseguido

nerissa não costumava visitar o estúdio da aurora com certa frequência; era verdade que havia conseguido briga com alguns outros artistas de arcanum, e passava boa parte de seu tempo na galeria dos sussurros acompanhada de seus próprios quadros, mas a companhia de nathaniel tornou-se algo que ela gostaria de preservar. por isso, o estúdio da aurora tornou-se um lugar aconchegante para se passar a tarde, mesmo que as artes presentes ali não fizessem muito bem o seu estilo. “você me chama aqui pra me agredir, nate? farelo de borracha, é sério?” não se conteve em soprar uma risada e revidar com um pedaço de papel amassado em sua direção. a sala estava uma bagunça com tantos papéis espalhados pelo chão de desenhos que ela julgava não serem bons o suficiente para passar para uma tela, e resolveu deixar a própria prancheta de lado por um instante quando, mais uma vez, nathaniel resolveu desenhá-la. mantendo o olhar sobre o dele, para que ele completasse o que quer que estivesse faltando em sua obra, a feérica esboçou um pequeno sorriso. “eu acho que vou começar a cobrar por ser sua modelo, sabia? vou querer uma parte do que você ganha como pagamento, e ainda vai ter que pagar meu jantar.” brincou, tentando dar uma espiada na prancheta alheia. estava curiosa para saber o que ele estava fazendo, mas, conhecendo-o da maneira que conhecia, sabia que ele tinha talento e precisava reconhecer. “apenas os meus olhos?” questionou, falsamente ofendida. “você já me disse isso, muitas vezes. mas um elogio jamais fará mal, então continue.”

Nerissa No Costumava Visitar O Estdio Da Aurora Com Certa Frequncia; Era Verdade Que Havia Conseguido

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1 year ago
Marianne Sheridan And Connell WaldronNORMAL PEOPLE (2020) | EPISODE 2
Marianne Sheridan And Connell WaldronNORMAL PEOPLE (2020) | EPISODE 2
Marianne Sheridan And Connell WaldronNORMAL PEOPLE (2020) | EPISODE 2
Marianne Sheridan And Connell WaldronNORMAL PEOPLE (2020) | EPISODE 2
Marianne Sheridan And Connell WaldronNORMAL PEOPLE (2020) | EPISODE 2

Marianne Sheridan and Connell Waldron NORMAL PEOPLE (2020) | EPISODE 2


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1 year ago

"eu não bebo mais." nate respondeu simplista, sem querer esmiuçar o assunto, e tragou seu cigarro algumas vezes ponderando a ideia de lana. "o que eu acho?" pensou por alguns instantes mais, apertando os lábios avermelhados ao recostar-se em uma pilastra. "acho que são mais três meses de trabalho, pelo menos." com um olhar distante e meio vago continuou a discursar, o tom de voz descrente. "uma grande perda de tempo." e antes que pudesse pensar mais um pouco sobre o assunto, nate chutou a base da escultura que caiu e se desfez em uma nuvem de poeira, cedendo à forte emoção de descontrole. vários pedaços e lascas de mármore esculpido, meses de trabalho, simplesmente desfeitos, espatifados no chão. o coração, porém, estava aliviado. soltou uma risadinha enquanto andava pelos destroços, resgatando apenas um olho. "hm. torto. talvez a venda realmente fosse uma boa ideia."

"eu No Bebo Mais." Nate Respondeu Simplista, Sem Querer Esmiuar O Assunto, E Tragou Seu Cigarro Algumas

"eu nunca disse isso... em voz alta, não ponha palavras na minha boca" as mãos que repousavam em sua cintura mantiveram o tamborilar dos dedos na pose habitual, imponente e descansada na mesma medida. seus olhos seguiram para a estatua, a rodeando em uma analise friamente calculada. "estava bêbado quando fez isso aqui? ou de ressaca?" aproveitou a brecha de liberdade pra destilar a critica provocativa, que servia mais como esse intuito: provocar, não havia ficado tão ruim assim. "sinceramente, eu sei lá, o artista aqui é você." deu de ombros, mas havia se envolvido com artistas o suficiente para aprender as coisas básicas. "até gosto de figuras explodidas, um ar caótico e moderno, subversivo. mas o que acha de um tecido, em mármore, tapando os olhos? dizem que são a janela da alma. se o publico não os vê, ela não existe. terão que dar uma a ela."

"eu Nunca Disse Isso... Em Voz Alta, No Ponha Palavras Na Minha Boca" As Mos Que Repousavam Em Sua Cintura

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