Um Clich De Hollywood

Um Clichê de Hollywood

ás vezes acontece. sim, acontece. aquele amor de novela. aquele clichê que só se vê em filmes hollywoodianos. acontece quando estamos preparados e devidamente maduros para vivê-lo.

e você saberá quando for. porque ela é semelhante a brisa de ar fresco. é parecida com a lua cheia em Câncer. é aquela doce gargalhada de uma criança.

você saberá quando for. porque ela não vai reclamar da sua paixão por futebol e animes. ela não fará nada que te machuque conscientemente, mas, quando fizer, saberá pedir desculpas.

você dirá aquela frase clichê que quase sempre usamos com a pessoa errada, mas com ela, funcionará:

(- você é diferente de todas as outras.)

você dirá que não consegue se apaixonar por mais ninguém...

mas você, já estará apaixonado....

o golpe de misericórdia.

eu te dei o meu coração. eu o removi cirurgicamente para poder doá-lo intacto a você. você disse que eu te devolvi a vida, que nada no mundo te fez mais feliz.

hoje, eu sinto falta dele. do meu coração. você me viu sangrar, você assistiu a morte da minha autoestima e dos meus sonhos. você me abandonou, na estrada da solidão. você nem perguntou se eu precisava de ajuda, você apenas deu o golpe fatal:

"eu conheci outra pessoa."

você não é o seu passado.

Eu preciso me olhar com mais calma. Eu preciso aprender a me ouvir.

 Durante esse processo de mudança, eu estou percebendo que me cobro excessivamente, e ainda continuo fazendo isso. Eu ainda não tenho certeza de quem me tornei, mas sei quem eu não quero voltar a ser nunca mais.

A gente aprende a se amar depois de tantos erros?

A gente volta a acreditar em nós mesmos depois de tantas quedas?

A gente tem coragem o suficiente para nos olharmos no espelho e dizer: “eu te vejo, eu te perdoo, eu te amo”?

Quando me recordo do lugar de sombras em que eu estive por anos, eu choro. Mas aprendi a não chorar por arrependimentos, e sim por ter me permitido passar por tudo aquilo sozinha e principalmente, por ter me julgado pelos erros e dores do passado.

“Eu não sou o meu passado!” esse era o meu mantra e talvez, talvez isso possa te ajudar também.

Você aprende a passar por todos os infernos... quando você sobrevive ao primeiro, você não se queima mais.

não é possível amar sem sofrer.

eu sei o quanto é difícil deixar alguém entrar agora que o peito está cicatrizado, agora que você aprendeu a preencher os espaços vazios da cama de casal, sozinho. depois que você aprendeu a lidar com as crises de ansiedade às 3h da manhã e não ligou pra ninguém, e nem quis.

eu sei que a gente passa a acreditar que ter alguém bagunçaria tudo de novo. talvez por acreditarmos que não é possível amar sem sofrer.

e isso verdade, porque vamos sentir falta nos dias frios, vamos nos preocupar com a alimentação dela, vamos fazer de tudo pra facilitar a vida dela mesmo que isso possa complicar um pouco a nossa.

e isso dá um certo medo, não é?

porquê você passou a se ter, a se preocupar apenas com o seu bem-estar, a se ver, a se tocar, a trocar os curativos sozinho, a sangrar... e a renascer.

e se agora você estiver pronto pra viver esse amor?

e se agora você conhecer alguém que não vai ser a sua cura, mas o seu caminho para ser curado?

e se for ela? [...]

corações são como espelhos.

você é emocionalmente responsável. você é inteligente. não tem problemas com ex. você não é tóxico. você é maduro e independente... de bônus ainda é lindo.

você conhece alguém legal, que o beijo é bom e o encaixe é perfeito. mas não funciona.

você é romântico, aberto e está disposto a fazer isso dar certo. mas não funciona.

você conhece os defeitos dela, as manias e os amigos. mas não funciona.

ela não te escolhe. talvez por medo, porque você é bom demais pra ser verdade. porque ela sabe que não merece alguém assim.

mas, se você for quebrado por alguém por estar disposto demais, por ser vulnerável, por ser amor, e isso te transformar em alguém desacreditado, em alguém que sempre vai sangrar sem ter feridas expostas... o carma recairá sobre ela.

porque corações são como espelhos, 7 anos de azar para quem quebrar...

a dor não é sua inimiga.

nos dias em que a tristeza se aprofundava em meu peito, eu acreditava cegamente que não sabia onde doía, o porque doía e nem o que fazer pra parar de doer. eu chorava consistentemente, sentia que a tristeza do mundo inteiro recaía sobre mim, o peso do mundo estava em minhas costas.

durante a noite era 50x pior, porque havia tanto silêncio que machucava os meus ouvidos, porque eu queria ouvir gritos, músicas, cães rosnando, alarme tocando, queria ter forças pra ligar o som e colocar a música que eu odeio ou qualquer outra que eu amo da década de 80. ou talvez, só um "eu estou aqui, descansa!"... bastaria.

eu me machucava muito mais quando não entendia que toda dor deve ser sentida, mesmo que você não faça ideia de onde dói.

a dor não é a sua inimiga, ela só está aí dentro tentando te mostrar que você ainda está vivo, que você ainda SENTE, que voce é capaz de vencer.

a dor não machuca, o que machuca é o que voce faz quando a sente...

deitar e chorar, sangrar sozinho e se inflamar por dentro. sorrir quando quer chorar. não abre o jogo. saiba identificar o seu gatilho.

O QUE A SUA DOR ESTÁ TENTANDO TE ENSINAR?