meninaseria - Menina Séria
Menina Séria

"Se me esqueceres, só uma coisa, esquece-me bem devagarinho."

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Meninaseria - Menina Séria

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3 years ago

Luar em cima da fonte, água doce fluindo do útero de terra madura. Luar iluminando suas curvas nuas, abraçando por dentro névoa reluza. Raios marea prateado dançando sobre água sem fim. Ritmos eróticos de som molhado misturado com canções de aves noturnas. Gritos de êxtase perfura o céu, enredando corpos no meio céu e terra. Dois corações palpitando como luar em cima da fonte.

By Menina Séria

Luar Em Cima Da Fonte, Gua Doce Fluindo Do Tero De Terra Madura. Luar Iluminando Suas Curvas Nuas, Abraando

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3 years ago
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“Visitei ruinas e castelos que eu cheguei a construir um dia, tempo, momentos, dias e alguns anos ali, não que me doía olhar o estado das coisas, já não era tão desgastante como foi naquela época que se estava sendo construídas, histórias e lembranças dançavam por um asfalto agora desfigurado, ruas que pareciam que levariam algum caminho, pontes que pareciam indestrutíveis, já não me conectavam há algumas pessoas, andei pelo meio daquela cidade dos “sonhos”, de castelos intangíveis construídos com ferramentas dos meus sentimentos, alguns relógios jogados e espalhados travados em horários específicos, o tempo em que cada coisa saiu errado, em que cada detalhe que não foi notado, janelas construídas em lugares de portas, vias sem saídas mal posicionadas, a natureza do meu ser se enraizando por meio daquela pequena civilização perdida, tentando encobrir todos os meus erros, e alguns acertos também, pra quem era o morador, agora se tornava estranho ser um turista, visitando algumas memórias, um passado que não iria ser esquecido, mas que sumia a medida que minhas calças iriam crescendo, o lar de um eu antepassado, com caligrafias e escritas de amor desenhados pelas paredes, uma pequena cidadezinha perdida, encoberta com artefatos e antiguidades de outra vida, se existia sentimentos em meio aquelas ruinas? talvez, se existiu compaixão em manter aqueles sonhos vivos? Talvez, mas agora era em vão, os moradores foram embora, eu visitava aquele lugar ocasionalmente, não tinha pretensão de morar ali, houve uma época, em que eu permaneci ali, mesmo quando todos partiram, morei lá, sozinho, trabalhando incansavelmente pra manter sonhos ruindo intactos, hilário, nenhum esforço, não importava quantas reformas eu tentasse fazer, não bastaria pra salvar o que hoje é isso, cheguei na rua 20, cruzamento com a rua 06, na esquina da casa de café 1990, e tinha um outdoor, meio rasgado, meio danificado mas que ainda dava pra ler o que se estava escrito, “Meu coração é lar de todos, sejam bem vindos”, dei uma risada sútil com canto da boca, que prefeito mais ingênuo, por mais que sua proposta seja um tanto plausível, não era possível implementar tal plano nessa cidade, fui embora, com olhos lacrimejando, sentindo o coração igual o outdoor, meio rasgado, meio danificado, pensava que não me doía mais olhar o estado das coisas, mas o prefeito ainda continuava ingênuo.”

— Coturnos.